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Safra pode ir a 327 milhões de toneladas em 2025, e carne mantém recorde

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Conab prevê 166 milhões de t de soja, e proteína animal vai a 30,7 milhões de t.

Após um ano com sérios problemas climáticos e consequente perda de produtividade, o Brasil poderá voltar a registrar recordes no campo em 2025. É o que espera a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), se as condições climáticas forem favoráveis.

Na área de grãos, a safra deverá atingir 327 milhões de toneladas, 8% a mais do que a produção deste ano. A evolução será puxada por soja, que terá uma área recorde de plantio de 47,4 milhões de hectares. Se concretizada essa área prevista pela empresa, e os produtores alcançarem a produtividade esperada de 3.508 kg por hectare, a produção nacional da oleaginosa atingirá 166,3 milhões de toneladas.

A produção de milho, após a quebra deste ano, volta a crescer em 2025, somando 120 milhões de toneladas, 3,6% acima do volume da safra atual. A principal evolução virá da safrinha, que deverá aumentar 4%.

Se a soja tem o principal volume nacional de produção, o arroz deverá ter o maior crescimento percentual, segundo a Conab. Preços internos favoráveis e boas perspectivas de exportações farão com que os produtores elevem a área de plantio do cereal para 1,78 milhão. A produção esperada é de 12,1 milhões de toneladas, 15% a mais do que a deste ano.

O arroz é um produto que terá evolução no consumo mundial, abrindo espaço para o Brasil participar mais do mercado externo.

Projeções da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) e da FAO (Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura) indicam que os asiáticos vão elevar o consumo médio anual de arroz para 75 kg por pessoa; os africanos, para 28,5, e os latino-americanos, para 24,9 kg nos próximos anos. As demais regiões também aumentam o consumo, segundo as duas organizações.

No setor de carnes, a Conab prevê produção de 30,77 milhões de toneladas neste ano, considerando-se as proteínas vindas da avicultura, bovinocultura e suinocultura. Em 2025, o setor praticamente repetirá esse volume, atingindo 30,75 milhões.

A disponibilidade interna de carne recua para 20,7 milhões no próximo ano, 1,2% a menos do que o previsto para 2024. As exportações, no entanto, poderão atingir 10,13 milhões de toneladas, com alta de 2,2% sobre as estimativas para o período atual. Confirmados esses dados, a disponibilidade total das três carnes para cada consumidor brasileiro será de 100,4 kg em 2025, abaixo dos 102,1 kg deste ano.

A avicultura é o principal mercado brasileiro no setor de proteínas, com produção prevista para 15,5 milhões de toneladas em 2025, com alta de 2,1% sobre a deste ano. As exportações crescem 2% e irão a 5,2 milhões de toneladas.

A produção de carne bovina, após três anos seguidos de crescimento, desacelera 4,3% no próximo. Nas contas da Conab. A produção de 2025 recua para 9,8 milhões de toneladas (Folha, 18/9/24)



Produção de carne suína e de frango devem atingir novo recorde em 2025 

A produção tanto de carne suína como de frango pode atingir um novo recorde em 2025. Influenciada por uma demanda internacional aquecida e um bom ritmo no mercado interno, aliada a uma conjuntura de custos controlados, fruto dos menores patamares de preços de grãos, projeta-se, para a carne suína, produção da ordem de 5,45 milhões de toneladas. Já para a carne de frango, as projeções apontam para uma produção de 15,51 milhões de toneladas.

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (17) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), durante o evento Perspectivas para a Agropecuária Safra 2024/2025. O bom desempenho projetado contribui para manter a produção das três principais proteínas animais – frango, suíno e bovino – no país em torno de 30,75 milhões de toneladas, volume estável quando comparado com o estimado para este ano.

Em 2025, a boa produção projetada para frangos possibilitará que as vendas ao mercado externo aumentem cerca de 1,9% quando comparado com o volume de embarques projetado para este ano, podendo chegar a 5,2 milhões de toneladas. “O Brasil segue livre da Influenza Aviária em granjas comerciais, o que se torna uma enorme vantagem competitiva no mercado internacional”, lembra o gerente de Fibras e Alimentos Básicos da Conab, Gabriel Rabello.

Além disso, a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional aliada a um cenário cambial favorável influenciam nesta expectativa de elevação nas vendas. Mesmo com esta alta projetada no contexto externo, o volume de carne de frango destinada ao mercado interno também deve crescer: estima-se aumento de 2,3% no próximo ano em relação a 2024, sendo estimado em 10,32 milhões de toneladas.

Mercado externo

Cenário semelhante é esperado para o mercado suíno. A produção recorde de carne possibilitará incremento tanto no mercado interno como no externo quando se compara 2025 com 2024. Para o ambiente doméstico, a alta projetada é de 1,1%, com uma oferta estimada em 4,2 milhões de toneladas. Já para as exportações, a Conab projeta um volume de 1,27 milhão de toneladas, elevação de 3%. Destaque para a diversificação de mercado obtida pelos produtores brasileiros. Se em 2020 a China representava mais de 50% das vendas externas de carne suína, essa participação caiu para menos de 20% quando se olha para o volume exportado de janeiro a agosto deste ano.

Assim como os suinocultores, os pecuaristas brasileiros da bovinocultura de corte também têm conquistado novas praças, o que diminui a representatividade do país chinês para as vendas ao mercado externo. Entre janeiro e agosto de 2023, a China representava mais de 50% das vendas de carne bovina brasileira. Se considerarmos o mesmo período deste ano, essa participação cai para 44%. “A diminuição do percentual da China ocorre em função de aumentos robustos em outros mercados, principalmente dos Emirados Árabes Unidos, Rússia e Filipinas. Outro importante importador no período são os Estados Unidos que, apesar de serem grandes produtores mundiais, estão importando mais produto uma vez que encontram um cenário de baixa oferta no próprio país”, analisa Rabello.

Com a demanda externa aquecida, há uma tendência de alta nas exportações de carne bovina na ordem de 2,5%, projetadas em 3,66 milhões de toneladas. No entanto, diferentemente das outras carnes, a produção deve cair em relação ao volume a ser obtido neste ano, sendo estimada em 9,78 milhões de toneladas em 2025. Essa queda é explicada pelo ciclo pecuário, uma vez que no ano que vem é esperado início do movimento de reversão do ciclo, onde haverá crescimento gradual da retenção de fêmeas e uma menor disponibilidade de animais para abate no médio e longo prazo. Com isso, a disponibilidade interna para carne bovina deve ficar próxima a 6,2 milhões de toneladas.

Outras informações sobre o panorama de mercado projetado para carnes bovinas, suínas e aves para o próximo ano estão disponíveis na publicação Perspectivas para a Agropecuária Safra 2024/2025. O documento também traz a projeção para a produção de arroz, feijão, milho, soja e algodão, além de artigo elaborado pelo Banco do Brasil sobre a importância do crédito rural como fomentador de uma agricultura que visa ao desenvolvimento dos negócios por meio de ações ambientais, sociais e de governança (Assessoria de Comunicação, 17/9/24)

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