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Raízen tem preocupação maior com safra 2025/26 de cana, diz CEO

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Ricardo Mussa diz que o clima seco está ameaçando a safra do ano que vem, mas ainda é cedo para falar.

A Raízen, maior processadora de cana-de-açúcar do mundo, vê com maior preocupação a safra do ano que vem (2025/26), se a seca continuar nos próximos meses, do que os eventuais impactos da estiagem e das queimadas para o ciclo atual.

“Minha maior preocupação está com a safra do ano que vem. Se a seca vai se prolongar muito. Estamos vendo como vai ser o clima em novembro, dezembro e janeiro”, declarou o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, à Reuters, após participar de um seminário na feira de ROG.e, no Rio de Janeiro.

Ele lembrou ainda que os canaviais da empresa foram afetados pelas queimadas, mas o impacto para a safra atual (2024/25) não foi tão significativo, em um primeiro momento.

“Quando tem queimada, você é obrigado a colher mais rápido porque a cana queimada perde a sacarose”, explicou. A perda “ainda não foi tão significativa”, acrescentou, lembrando que, se não chover adequadamente nos próximos meses, que marcam um período de maior umidade, as produtividades poderão cair nas áreas atingidas pelo fogo e que estavam já em desenvolvimento para 2025/26.

“Se não tiver chuva, aí o impacto da queimada é ainda maior. Tempo seco está ameaçando a safra do ano que vem, mas ainda é cedo para falar”, ponderou.

Sobre a safra atual, que deve ser colhida até novembro, Mussa avalia que a Raízen poderá ter de reduzir um pouco as estimativas, mas evitou adiantar números. “Estamos olhando para um número um pouco menor. É o impacto menor do incêndio e mais do clima mais seco”, disse, lembrando que um novo guidance deve sair em meados de outubro.

Questionado se vai ficar dentro do intervalo projetado – entre 82 milhões e 85 milhões de toneladas de cana no ano-safra iniciado em abril -, ele disse que vai depender do que o “clima está mostrando agora”.

“Por enquanto não estamos mudando o guidance, mas lá em outubro a gente vai revisar. Não é na parte superior, é mais para parte inferior” (Reuters, 23/9/24)

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