A Volkswagen está pronta para o fim de vendas de carros novos a combustão na Europa em 2035, à medida que aumente sua linha de veículos elétricos, disse o presidente-executivo, Oliver Blume, na feira de mobilidade IAA, em Munique.
“Estamos preparados para a eliminação da combustão em 2035 na Europa”, disse Blume a jornalistas.
O executivo afirmou que, por meio de parcerias na China, a segunda maior montadora do mundo poderá reduzir custos de baterias por meio de uma redução de 50% no valor das células.
As montadoras europeias estão sob pressão de rivais chinesas, que modelos elétricos mais baratos e agora estão se expandindo para a Europa.
“Acho que temos grandes chances”, disse Blume. “Sabemos como criar carros, com alta qualidade. Teremos que trabalhar duro na questão dos custos.”
Para Mercedes, custo de carro elétrico vai se manter alto
Os custos variáveis para a produção de veículos elétricos permanecerão mais altos em comparação com os modelos com motor a combustão em um futuro próximo, disse o presidente-executivo da Mercedes-Benz, acrescentando que isso continuará a alimentar intensa competição no setor.
Os comentários de Ola Kaellenius foram feitos no momento em que a montadora divulgou no domingo (03) mais detalhes sobre seu mais novo veículo, o sedã elétrico compacto CLA, que será lançado no próximo ano e terá como meta uma autonomia de 30% a 35% maior.
“Os custos variáveis de um carro elétrico são mais altos. E continuarão sendo assim em um futuro próximo”, disse Kaellenius aos jornalistas no salão do automóvel IAA, em Munique. O executivo acrescentou que os custos mais elevados não poderão ser repassados aos clientes numa base equivalente.
Os custos variáveis que pesam sobre a produção dos elétricos incluem materiais primários para baterias, desenvolvimento de software e preços de eletricidade.
Kaellenius disse que essa era uma razão pela qual o grupo está trabalhando para melhorar os custos fixos e a alocação de recursos para alcançar a mesma rentabilidade dos motores a combustão.
O novo CLA tem como meta obter um uso de energia de 12 quilowatts-hora por 100 milhas e mais de 750 milhas de autonomia, em comparação com os 17 a 18 kWh por 100 quilômetros de um modelo econômico compacto EQA 350 que a Mercedes oferece.
Ao ser questionado sobre o quanto o novo CLA prejudica os custos em relação à geração anterior, o diretor de tecnologia da Mercedes -Benz, Markus Schaefer, disse que a empresa está se movendo em direção a uma redução significativa dos custos das baterias.
As baterias do CLA serão produzidas pela chinesa CATL e pela ACC, na qual a Mercedes possui um terço de participação.
O veículo, que entrará em produção no próximo ano e será lançado no mercado a partir de 2025, é uma tentativa de reduzir a complexidade no desenvolvimento, que aumentou significativamente nos últimos anos, disse Schaefer.
A Mercedes -Benz oferecerá versões híbridas e totalmente elétricas e não planejará nenhuma versão diesel para o modelo (Reuters, 4/9/23)