Cooperação quer mapear produção de equipamentos e regiões estratégicas.
As federações da indústria de São Paulo e do Ceará (Fiesp e Fiec, respectivamente) assinam na próxima semana um acordo de cooperação com associações do setor de energias renováveis.
O objetivo é ampliar a produção e uso de hidrogênio verde no país. O combustível é uma aposta importante na corrida por fontes de energia limpa. É visto também como um caminho possível para uma reindustrialização do Brasil.
A união das duas federações com a Absolar (Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica) e a Abeeólica (Associação Brasileira de Energia Eólica e Novas Tecnologias) prevê a ampliação da competitividade do hidrogênio verde.
Para isso, serão identificadas possíveis sinergias nas indústrias locais para desenvolver equipamentos utilizados na produção de H2V e amônia verde, como os eletrolisadores, dispositivos que usam apenas energias renováveis para quebrar as moléculas de água.
O acordo também deve facilitar o mapeamento de regiões atrativas para a produção e que possam funcionar como hubs e reduzir custos de transporte, tanto no mercado doméstico, quanto para o internacional.
São Paulo e Ceará são apontados pelas empresas do setor como polos para o hidrogênio verde no país.
Ronaldo Koloszuk, presidente do conselho de administração da Absolar, afirma que o Brasil poderá produzir o hidrogênio verde mais competitivo do mundo, mas precisa criar políticas públicas e incentivos adequados para a criação de rotas de produção do combustível.
O acordo será assinado na próxima terça (26), na sede da Fiesp, em São Paulo (Folha, 19/9/23)