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1ª planta-piloto para produção de combustível sustentável de aviação

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O laboratório, que recebeu investimentos de R$ 4 milhões, deverá produzir até 5 litros por dia do petróleo sintético desenvolvido no Senai para ser transformado em SAF

O projeto de produção de combustível sustentável de aviação foi desenvolvido pelo Senai-RN em parceria com a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável.

O Brasil inaugurou nesta terça-feira (5) no Rio Grande do Norte sua primeira planta-piloto para produção de SAF (combustível sustentável de aviação), produto que está no centro das discussões sobre descarbonização do transporte aéreo, disseram os envolvidos no empreendimento.

Localizado em Natal (RN), o projeto foi desenvolvido pelo Senai-RN em parceria com a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável e produzirá SAF a partir da glicerina, coproduto da indústria de biodiesel com alto valor energético.

O laboratório, que recebeu investimentos de 712 mil euros (equivalente a R$ 4 milhões), deverá produzir até 5 litros por dia de Syncrude, o petróleo sintético desenvolvido no Senai para ser transformado em SAF.

Segundo Fabíola Correia, coordenadora do projeto, o volume produzido será suficiente para envio de amostras para certificação pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis). Se aprovado, o Senai deve desenhar um modelo industrial que possa ser escalavel, atendendo aeronaves de grande porte.

A expectativa é de obter a certificação junto ao regulador até dezembro deste ano, o que permitirá a comercialização do produto para a indústria de aviação, afirmou ela em apresentação nesta terça-feira (5).

Correia ressaltou que a escolha pela rota tecnológica envolvendo a glicerina se deu pela grande oferta do produto e custo reduzido, o que traz perspectivas de barateamento do novo combustível.

“O Brasil exporta hoje a glicerina e ainda sobra. Com o projeto que estamos desenvolvendo a ideia é usá-la como matéria-prima do jeito que sai da indústria ou com pré-tratamento, dando a ela uma destinação mais nobre, que agrega valor por meio da produção do combustível, resolve uma demanda ambiental importante e traz soluções à indústria”, disse, em nota.

O mercado de SAF vem atraindo a atenção da indústria de aviação, que busca alcançar metas agressivas de descarbonização, e de empresas de combustíveis como a Raízen, que recentemente anunciou certificação de seu etanol produzido em Piracicaba (SP) para a fabricação do combustível sustentável de aviação.

O SAF também está na mira do governo brasileiro, que deve incluir diretrizes para o combustível no projeto chamado “Combustível do Futuro”, parte de um pacote “verde” que o Executivo pretende aprovar no Congresso ainda neste ano (Reuters, 5/9/23)

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