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Gastos com importação de fertilizantes caem 48% neste ano

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Israel, em guerra com o Hamas, é o quinto maior fornecedor em volume.

As importações brasileiras de fertilizantes, após uma forte aceleração em 2022, devido a dificuldades nas compras provocadas pela invasão da Ucrânia pela Rússia, voltaram ao normal.

Nos nove primeiros meses deste ano somaram 28,7 milhões de toneladas, abaixo dos 30,4 milhões de 2022. No mesmo período de 2021, haviam sido 29 milhões.

Passado o período de forte aceleração dos preços, os gastos nacionais com esse insumo são menores. Enquanto o volume importado de janeiro a setembro teve retração de 5,6%, os gastos recuaram 48%.

A Rússia se mantém como a maior fornecedora de adubo ao Brasil, com exportações de 6,9 milhões de toneladas neste ano. Canadá e China vêm a seguir com 3 milhões cada. Os canadenses assumiram a segunda posição porque lideram as vendas de potássio.

Israel, em conflito com o Hamas, é o quinto maior fornecedor de fertilizantes para o Brasil, em volume, e o sexto em dólares. Os israelenses colocaram no mercado brasileiro 4% do volume de adubo adquirido pelo país neste ano. Os gastos com as importações somaram US$ 471 milhões.

Israel é o terceiro maior fornecedor de potássio e o quarto de fosfato. A liderança no fornecimento de potássio para o Brasil fica com o Canadá; a de nitrogenados com a China, e a de fosfatados com Marrocos, segundo a Secex (Secretaria de Comércio Exterior).

Para analistas do Itaú BBA, a guerra entre Israel e o Hamas não indica um impacto direto para o agronegócio do Brasil em um primeiro momento. O conflito pode trazer reflexos, no entanto, para as cotações do petróleo. Este influenciaria os preços de fertilizantes e de combustíveis, com reflexos nos custos de produção e dos fretes.

Um dos riscos dessa guerra é o eventual envolvimento de outros países da região, importantes na compra de produtos brasileiros e na produção de petróleo, afirmam os analistas do Radar Agro do Itaú BBA.

Empresas de Israel participam também dos sistemas de irrigação agrícola no Brasil. Os israelenses ocupam a sexta posição no fornecimento desses equipamentos. A liderança é da China, com o fornecimento de material no valor de US$ 106 milhões ao Brasil nos nove primeiros meses deste ano.

O Brasil continua também gastando menos com agrotóxicos. As importações deste ano recuaram para 359 mil toneladas, bem abaixo das 524 mil de janeiro a setembro de 2022.

A principal queda ocorreu nas compras de herbicidas, reduzidas para 180 mil toneladas, um volume 45% inferior ao de igual período de 2022 (Folha, 25/10/23)

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