Em média, a produtividade dos canaviais da região Centro-Sul registrou crescimento de 7,3% no período abril a setembro de 2022, em comparação com o mesmo período de 2021. A média subiu de 69,5 toneladas por hectare, na safra 2021/2022, para 74,5 t/ha na atual safra.
Os números constam no Boletim de Olho na Safra, divulgado hoje pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). A produtividade cresceu em todas as regiões do Centro-Sul, à exceção de Mato Grosso do Sul, que teve números superiores em agosto e setembro, mas não conseguiu recuperar as baixas produtividades do começo da safra, que ainda refletiam a seca e a geada da safra 2021/22.
Os destaques positivos em TCH (Tonelada de Cana por Hectare) continuam sendo as regiões de São José do Rio Preto e Araçatuba, com ganhos na produtividade acumulada de 21,6% e 15,7%, respectivamente.
São José do Rio Preto e Araçatuba sofreram muito com as secas de 2020 e 2021. Com um melhor regime hídrico este ano, apresentam uma pequena queda na qualidade de matéria prima (ATR), porém, um significativo incremento em TCH.
As chuvas no mês de setembro beneficiam as canas de inverno, que deverão ter um melhor desenvolvimento vegetativo, assim como as brotações de soqueira da colheita do mês de agosto.
Já em relação ao ATR, a maioria das regiões apresenta variações negativas devido ao melhor regime pluviométrico nos meses de junho a setembro, sendo, novamente, exceção os estados de Minas Gerais e Goiás, onde não foram observadas chuvas e, consequentemente, o acúmulo de sacarose foi mais elevado.
Sobre o CTC
O CTC – Centro de Tecnologia Canavieira é uma empresa de biotecnologia e inovação, líder global em ciência da cana-de-açúcar. Tem um dos maiores bancos de germoplasma de cana-de-açúcar do mundo, com mais de 4 mil variedades. Nos laboratórios em Piracicaba (SP) e Saint-Louis (Missouri-EUA), as equipes de cientistas desenvolvem trabalhos de ponta em melhoramento e engenharia genética. O portfólio da companhia reúne variedades de cana de alta produtividade e resistentes a pragas.
Criado em 1969, CTC contribuiu nestes 50 anos de história para o avanço tecnológico do agronegócio nacional e a competitividade do setor sucroenergético, levando o Brasil à liderança mundial do setor, aumentando a produtividade para atendimento da demanda mundial de açúcar, proporcionando visibilidade ao etanol como um dos mais importantes biocombustíveis do mundo e a cogeração através do processamento da palha da cana (bioeletricidade).