O presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco (Foto), considerou importante o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva ter citado, em seu primeiro discurso após a vitória, o agronegócio e também ter dito que precisará da Câmara dos Deputados e dos governadores para governar.
“Temos virtudes e externalidades ímpares para promover o biocombustível e aumentar produção e oferta de alimentos”, reforçou Nolasco. “Ele (Lula) traz luz a isso no discurso dele e nós, como setor produtivo, esperamos poder dar nossa contribuição”, completou. Para o presidente da Unem, os próximos dias serão importantes para o setor avaliar a formatação dos ministérios e as propostas de governo. “Esperamos construir um canal de diálogo em curto espaço de tempo e estaremos prontos para apoiar o governo”, destacou.
Na avaliação de Nolasco, Lula terá a chance de “reescrever sua história” e poderá posicionar o País como potência global na produção de alimentos e biocombustíveis. “Lula tem oportunidade de reescrever uma história e o Brasil pode ser protagonista nos dois maiores desafios globais: transição energética e produção de alimentos”, observou.
Segundo Nolasco, entre as pautas prioritárias para o setor estão a garantia da competitividade do etanol ante os combustíveis fósseis, a ampliação dos mandatos de mistura de biocombustíveis no País e o incentivo aos motores flex.
Ele ainda indicou que o programa nacional de estímulo aos biocombustíveis, RenovaBio, como a principal política de descarbonização do setor, “estará no centro da discussão até que se torne maduro”.
“Temos pautas importantíssimas que deverão ser trazidas à mesa, mas vamos dar tempo ao tempo e esperar essa construção dos ministérios”, afirmou Nolasco (Broadcast, 31/10/22)