Projeto Plant+ vai contribuir para o aumento dos índices de produtividade, permitindo o aproveitamento do melhor período para o crescimento da cana-de-açúcar
A Atvos, uma das maiores produtoras de etanol do país, inicia a implementação do projeto Plant+, que permitirá um monitoramento e controle em tempo real das etapas de preparo de solo e plantio de forma remota e centralizada. Com um investimento de R$ 3,4 milhões, a iniciativa prevê uma gestão mais eficiente e completa do processo produtivo, já que reduz riscos de realizar o cultivo da cana-de-açúcar em períodos fora das janelas ideais, o que propiciará um aumento de produtividade, com um ganho médio previsto de 6,7 TCH (toneladas de cana-de-açúcar por hectare) e o retorno financeiro esperado é de R$ 5,8 milhões por safra.
O Plant+ é uma via de serviços do Cubo CTT, programa já consolidado nas unidades agroindustriais da companhia voltado para otimização logística na colheita, transbordo e transporte da cana-de-açúcar. Por meio da telemetria – tecnologia de medição de dados de forma remota para uma central de monitoramento, que os envia posteriormente a uma central de informação –, a atuação de colhedoras de cana-de-açúcar, tratores transbordos e caminhões canavieiros é monitorada em tempo real, garantindo assim mais eficiência na colheita e transporte da matéria-prima.
Agora, essa mesma tecnologia de infra já instalada e de processo vai abranger mais de 200 equipamentos voltados para o preparo de solo e plantio, como tratores, colhedoras de muda, transbordos e plantadoras, cujas informações serão transmitidas para uma torre de controle. A expectativa é de uma melhora em cerca de 8% da efetividade diária durante o ciclo de plantio de 18 meses e em 5% durante o período de inverno.
“Devido ao Cubo CTT, todas as unidades já possuem uma infraestrutura de torres e carretas satelitais para transmitir informações (tempos e movimentos) sobre a operação da colheita de cana-de-açúcar para a central. Com a ampliação dessa tecnologia para o plantio, a coleta e a transmissão dos dados vão possibilitar um aumento da produtividade dos equipamentos, atuando diretamente na redução de ‘tempos improdutivos’/’qualidade das operações’ e de desvio entre o planejado e realizado ao longo da safra”, explica José Luis Bet, gerente corporativo em Otimização e Logística da Atvos.
Bet ainda reforça que também estão sendo implantadas novas tecnologias para o segmento de operações de Preparo e Plantio, como reconhecimento automático da operação realizada no campo através de sensores e tag de comunicação entre os implementos utilizados com a cabine do equipamento. “Essa tecnologia nos retorna de forma precisa mapas analíticos de cada local trabalhado e qual operação está sendo realizada com seus respectivos rendimentos em tempo real”.
A implementação do Plant+ vem ao encontro dos investimentos que a Atvos vem fazendo nesta safra de 2022/23, como renovação de canavial e práticas de manejo. Antes, o monitoramento do plantio era feito de forma manual pelo operador dos equipamentos e sem a ajuda de outras tecnologias em real time.
Agora, com uma gestão em tempo real, atuando 24 horas e 7 dias por semana, será possível alcançar maior eficiência com equipamentos mais produtivos, padronização de processos e trabalho realizado no período correto. “Garantir o correto dimensionamento da estrutura mecanizada é essencial para o funcionamento da proposta de compartilhamento da estrutura atual, visando redução do custo de estruturas ociosas”, pontua o executivo.
Sobre a Atvos
A Atvos é uma empresa de bioenergia, sendo a segunda maior produtora de etanol do país. A partir da cana-de-açúcar, a companhia tem capacidade para produzir 3 bilhões de litros de etanol, que podem movimentar 60 milhões de carros compactos; 700 mil toneladas de açúcar VHP, capaz de adoçar 20 milhões de festas de aniversário; além de cogerar 3,1 mil GWh de energia elétrica a partir de biomassa, suficiente para abastecer uma população de 15 milhões de pessoas. Possui mais de 9 mil integrantes nos estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e São Paulo, onde estão localizadas suas nove unidades agroindustriais.Como um player relevante na geração de energia renovável e limpa, a empresa emitiu mais de 2,4 milhões de créditos de descarbonização (CBIOs) por meio do programa Renovabio na safra 2020/21, tornando-se uma das maiores emissoras de títulos do mercado. Ainda pela frente socioambiental, conta com o Energia Social, que apoia projetos voltados para temas como educação, cultura, saúde, segurança, meio ambiente e atividades produtivas. A iniciativa tem como objetivo fomentar o desenvolvimento socioeconômico e promover melhoria na qualidade de vida das comunidades onde a companhia atua.