A Jalles Machado, companhia do setor sucroenergético e maior exportadora mundial de açúcar orgânico, registrou prejuízo líquido de R$ 47,5 milhões no segundo trimestre da safra 2023/24, encerrado em 30 de setembro. Em igual período da temporada anterior, a companhia teve lucro líquido de R$ 177,5 milhões. Segundo a companhia, o resultado se deve a uma menor comercialização na comparação anual e à amortização de tratos referentes à safra passada.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 14,3% na mesma comparação, para R$ 305,7 milhões. A receita líquida recuou 4,1% na comparação anual, para R$ 465,9 milhões.
O capex total do trimestre foi de R$ 145,2 milhões, o que representa avanço de 32,4%. Os investimentos em plantio renovação e plantio expansão totalizaram R$ 69,7 milhões (+54,4%) e R$ 3,1 milhões (-91,6%), respectivamente. O capex com a manutenção de entressafra somou R$ 7,5 milhões (-11,7%).
Nos primeiros seis meses da safra, a companhia processou 6,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, com rendimento de 86,6 toneladas por hectare e índice médio de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) de 142 kg/tonelada. A companhia disse ainda que a moagem no trimestre aumentou 2,5% na comparação com igual período do ano anterior, considerando dados proforma. O mix do semestre ficou em 37,7% para açúcar e 62,3% para etanol. No primeiro trimestre da safra 2023/24, o mix era de 35,5% para açúcar e 64,5% para etanol.
Segundo a empresa, um dos destaques no período foram os ganhos de produtividade por TCH (tonelada por hectare) de 15,9% no trimestre e de 8,7% considerando o acumulado do ano. “Estamos nos voltando para uma safra mais açucareira, devido às condições de mercado tanto do açúcar, bem favorável, como do etanol, que tem enfrentado um cenário mais desafiador”, disse a companhia no release de resultados (Broadcast, 10/11/23)