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Conab estima recordes para produção de cana e açúcar em 2023/24

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A estatal prevê que a safra de cana alcançará 677,6 milhões de toneladas, um aumento de 10,9% frente ao ciclo 2022/23. O crescimento da produção advém de uma área plantada com cana 0,7% maior, e de uma produtividade 10,1% superior devido à melhor condição climática.

A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) elevou nesta quarta-feira (29) suas previsões para as produções de cana e açúcar do Brasil em 2023/24, estimando agora volumes recordes para o maior produtor e exportador mundial do adoçante.

A estatal prevê que a safra de cana alcançará 677,6 milhões de toneladas, acima das 652,9 milhões de toneladas previstas em agosto e configurando um aumento de 10,9% frente ao ciclo 2022/23.

Segundo a Conab, o crescimento da produção advém de uma área plantada com cana 0,7% maior, estimada em 8,35 milhões de hectares, e de uma produtividade 10,1% superior devido à melhor condição climática se comparada à safra passada.

A terceira estimativa da safra 2023/24 aponta que as condições climáticas e os investimentos do setor refletiram em aumento de produção de cana na safra do Centro-Sul que já caminha para sua parte final, disse a estatal em boletim.

“Apesar do início da colheita ter sido atrasado devido às chuvas constantes, até mesmo gerando reflexos na programação das unidades de produção, a moagem alcançou pouco mais de 90% na região Centro-Sul”, disse o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, em nota.

“Já no Nordeste, que possui um calendário que se estende até abril, a colheita ainda é incipiente nos principais Estados produtores”, acrescentou.

A produção de açúcar do Brasil foi estimada em recorde de 46,88 milhões de toneladas em 2023/24, um aumento de cerca de 6 milhões de toneladas frente à previsão anterior, representando um crescimento de 27,4% na comparação com a safra 22/23.

Já a produção brasileira de etanol de cana e de milho foi projetada em 34,05 bilhões de litros nesta safra, contra 33,83 bilhões de litros na estimativa anterior. Na comparação anual, o aumento é de 9,9%, com impulso da fabricação do combustível a partir do milho, cujo volume será recorde.

A crescente produção de etanol de milho é resultado de investimentos sobretudo na região Centro-Oeste, mas há expansões para outras regiões, disse a estatal.

Na safra 23/24, a produção de etanol de milho está estimada em 6,06 bilhões de litros, aumento de 36,3% ante a safra passada. A produção do biocombustível de cana deve crescer 5,5%, para cerca de 28 bilhões de litros (Reuters, 29/11/23)


Etanol de milho cresce 36% nesta safra; o de cana, 5%

Investimentos e clima geram safra recorde de cana, segundo a Conab.

Os investimentos realizados pelo setor e o clima favorável, principalmente no primeiro semestre, favoreceram as lavouras de cana-de-açúcar, e a produção da safra 2023/24 deverá atingir o recorde de 678 milhões de toneladas, 11% a mais do que na anterior.

Os números são do terceiro levantamento de safra da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), que estima uma área de 8,35 milhões de hectares de plantio no país, um número menor do que o de 2022/23.

Apesar da área menor, a safra cresce devido ao aumento do rendimento médio das lavouras, que atingirá 81,1 toneladas por hectare, na avaliação da Conab.

O cenário é melhor para o Sudeste, que tem volume estimado de produção de 435 milhões de toneladas, 12% a mais do que na safa anterior. A produtividade média desta região sobe para 85 toneladas por hectare.

Na região Centro-Oeste, a produtividade será de 80,4 toneladas por hectare, acima das 72,4 toneladas do Sul e das 62,2 toneladas do Nordeste.

Com preços mais favoráveis no mercado externo, devido a dificuldades de oferta por países competidores do Brasil, a produção de açúcar deverá atingir 46,9 milhões de toneladas, 27% a mais do que na safra anterior.

A Conab estima que a produção de etanol de cana atinja 28 bilhões de litros, 5,5% a mais do que em 2022/23. O Sudeste lidera com 15,7 bilhões de litros.

Produção maior de milho e novos investimentos no Centro-Oeste vão levar a produção de etanol vinda deste cereal para 6,1 bilhões de litros nesta safra, 36% a mais do que na anterior.

Deste volume de etanol de milho, 4,4 bilhões serão produzidos em Mato Grosso. Pelos cálculos da Conab, milho e cana-de-açúcar vão gerar 34 bilhões de litros do combustível.

A produção de etanol de milho avança rapidamente no Brasil. O volume a ser produzido nesta safra superará em 36% o da anterior. A evolução maior ocorre em Goiás, onde a safra cresce 55% (Folha, 30/11/23)

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