À CNN, o superintendente de Relações Internacionais da confederação, Frederico Lamego, explica que a redução de tarifas beneficia mais outros países, pois exportações seguem sobretaxadas em 40%
A recente decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de reduzir tarifas sobre importações agrícolas, mantém o Brasil em posição desvantajosa no comércio internacional.
Para Frederico Lamego, superintendente de Relações Internacionais da CNI (Confederação Nacional da Indústria), apesar da redução anunciada para produtos como carne bovina, tomates, café e bananas, as exportações brasileiras continuam enfrentando uma sobretaxa de 40%.
O especialista destaca que mais de 73% das exportações brasileiras seguem impactadas pelo “tarifaço”. A redução representa uma diminuição de 50% para 40% nas tarifas, um impacto considerado limitado pelos especialistas. “É um avanço do ponto de vista de redução tarifária, mas o cenário de incerteza continua”, explica Lamego.
Perspectivas para acordos comerciais
Segundo o superintendente, para avançar nas negociações, os Estados Unidos esperam do Brasil uma oferta robusta e ampla. “Entre as possibilidades, estão acordos sobre minerais críticos, etanol, combustíveis marítimos, data centers e combustíveis sintéticos para aviação”.
O governo brasileiro deve continuar nas tratativas para reduzir itens como o café e a carne, e o setor privado também deve atuar para a redução de outras mercadorias.
“A própria CNI já encaminhou aos negociadores brasileiros um documento com propostas para subsidiar as negociações sobre a ótica do setor privado brasileiro”, conclui Lamego (CNN Brasil, 15/11/25)









