Por Luciana Taddeo
À CNN, governo de Santiago Peña alegou “sobreposição de compromissos”.
Além das ausências do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do argentino Javier Milei, o governo do Paraguai informou nesta segunda-feira (3) que Santiago Peña também não viajará a Belém, no Pará, para a Cúpula dos Líderes sobre o Clima, nos dias 6 e 7 de novembro.
À CNN, a presidência paraguaia alegou que a ausência se deve a uma “sobreposição de compromissos”.
Peña não é contrário a políticas ambientais, mas está cada vez mais alinhado à política externa de Trump e de Milei. Neste ano, o Paraguai votou a favor do embargo imposto pelos EUA contra Cuba, o que não tinha feito nos primeiros dois anos do atual governo.
Assim como a Argentina de Milei, o Paraguai também declarou o “Cartel de los Soles” como uma organização terrorista. A designação aconteceu em meio a pressões dos EUA, que acusam o venezuelano Nicolás Maduro de estar à frente da organização criminosa – o que Caracas nega.
Peña e Milei faltaram, em abril, à cúpula da Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos (Celac), quando tarifas foram impostas por Trump a diferentes países. Paralelamente ao evento, eles se reuniram em Assunção.
Na ocasião, ambos os governos também se opuseram à publicação sem consenso de uma declaração final da cúpula, que criticava “medidas coercitivas unilaterais, inclusive as restritivas ao comércio internacional”, em alusão às tarifas de Trump.
Em agosto, o governo Peña assinou com a Casa Branca um acordo que tornou o Paraguai um “Terceiro País Seguro”. Com isso, solicitantes de asilo nos EUA podem esperar o trâmite no Paraguai.
Em conformidade com a política externa de Trump e de Milei, o governo paraguaio também transferiu sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém, reconhecendo esta cidade como a capital israelense, e declarou o Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica (IRGC), o Hamas e o Hezbollah como organizações terroristas (CNN Brasil, 3/11/25)









