A Jalles Machado, companhia do setor sucroenergético e maior exportadora mundial de açúcar orgânico, registrou lucro líquido de R$ 177,5 milhões no segundo trimestre da safra 2022/23, revertendo prejuízo de R$ 10,2 milhões obtidos no mesmo período da temporada anterior. Segundo comunicado da empresa, o trimestre trouxe resultados operacionais e financeiros consistentes, apesar dos desafios climáticos que acabaram afetando a produtividade dos canaviais.
No período, o lucro líquido caixa avançou 109,2% ante o segundo trimestre de 2021/22, para R$ 167,7 milhões. O Ebitda ajustado subiu 37,7% na mesma comparação, para R$ 357,2 milhões. A receita líquida cresceu 45,5% na comparação anual, para R$ 485,9 milhões.
O capex total do trimestre foi de R$ 109,9 milhões, o que representa avanço de 83,4% na comparação com o valor do mesmo período da safra anterior. Os investimentos em plantio renovação e plantio expansão totalizaram R$ 45,2 milhões (+141,6%) e R$ 3,3 milhões (-16,5%), respectivamente. Enquanto o capex com a manutenção de entressafra e imobilizado somaram, respectivamente, R$ 8,5 milhões (+36,1%) e R$ 52,9 milhões (+70,7%).
No primeiro semestre da safra, a companhia processou 4,6 milhões de toneladas de cana, com rendimento de 88,6 toneladas por hectare e índice médio de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) de 141,2 kg/tonelada.
“O TCH encontra-se levemente inferior ao piso estimado no guidance para a safra. Entretanto, essa queda de produtividade tem sido parcialmente compensada pelo ganho em ATR”, diz o comunicado.
“Continuamos atentos aos movimentos de mercado, buscando adotar a melhor estratégia comercial de acordo com o cenário e oportunidade que identificamos”, completa a Jalles em nota. O mix do semestre ficou em 44% para açúcar e 56% para etanol.
Segundo a empresa, um dos destaques no período foi o aumento dos embarques de açúcar orgânico. “Ainda que não esteja normalizado nos níveis pré-pandemia, já está nítida uma melhora nos valores e na disponibilidade de contêineres e navios”, disse a Jalles em nota.
No segundo trimestre de 2022/23, foram 20,6 mil toneladas comercializadas, aumento de 59,6% ante o mesmo trimestre da safra anterior. “Permanecemos otimistas com os resultados da safra 2022/23 e, também, com as próximas safras, confiantes de que os investimentos em andamento criarão valor para nossos acionistas”, afirmou a companhia (Broadcast, 11/11/22)