O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabeleceu nesta segunda-feira que o diesel da Petrobras (PETR4) coprocessado com óleo vegetal poderá participar do programa de mistura de biodiesel no combustível fóssil, de acordo com informação da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio).
A decisão tomada pelo conselho permite que produtos de outras rotas tecnológicas possam participar da parcela obrigatória de biodiesel no diesel, disse o diretor superintendente da Ubrabio, Donizete Tokarski, à Reuters.
Não estava claro com qual percentual o diesel coprocessado da Petrobras, chamado R5, poderia participar da mistura. Esse combustível tem 95% de diesel e 5% de teor renovável.
Procurado, o Ministério de Minas e Energia não comentou o assunto imediatamente.
Ainda segundo a Ubrabio, o CNPE estabeleceu manutenção da mistura de biodiesel no diesel em 10% até 31 de março de 2023.
A mistura de biodiesel deveria ter sido de 14% no diesel na maior parte de 2022, mas o governo decidiu por uma mistura menor, de 10%, em meio a uma safra quebrada de soja que elevou os preços.
Pelo cronograma do programa de biodiesel, a mistura deverá subir para 15%, na maior parte de 2023, disse a Ubrabio, citando uma decisão do CNPE.
O ministério também não comentou imediatamente essa informação (Reuters, 21/11/22)