Trading disse nesta sexta-feira (1) esperar que a moagem de cana-de-açúcar na Tailândia atinja até 85 milhões de toneladas.
As safras de cana-de-açúcar na Índia e na Tailândia, dois dos principais produtores asiáticos, estão parecendo melhores nos estágios finais da colheita, indicando maior oferta de açúcar na região, disse a trading de commodities Wilmar, com sede em Cingapura, na sexta-feira (1).
“A safra da Tailândia está muito melhor do que o esperado”, afirmou Karim Salamon, chefe de análise de açúcar da Wilmar, em comentários enviados à Reuters.
Ele espera que a moagem de cana-de-açúcar na Tailândia atinja até 85 milhões de toneladas métricas, com a produção de açúcar entre 8,5 milhões e nove milhões de toneladas.
“É mais de 1 milhão de toneladas de açúcar a mais em comparação com a maioria das previsões de apenas três semanas atrás. Com essa safra, o S&D (oferta e demanda) do Extremo Oriente está equilibrado”, disse ele.
Salamon disse que a safra da Índia estava no caminho certo para surpreender positivamente, acrescentando que 462 usinas ainda estavam operando no país, em comparação com 441 usinas nesta época do ano passado.
“Apesar das monções mais fracas no verão de 2023, a produção indiana de açúcar ficará acima de 32,5 milhões de toneladas e, muito provavelmente, acima de 33 milhões de toneladas, quase a mesma do ano passado”, disse ele.
O analista da Wilmar disse que a nova temporada de açúcar no Brasil, que começa em abril, pode ser tão grande quanto a anterior, que registrou produção recorde, apesar do clima mais seco do que o normal.
Ele acredita que novos investimentos para expandir a capacidade de produção no país resultarão produção entre 42,5 milhões e 44,5 milhões de toneladas de açúcar em 2024/25.
“A indústria brasileira (de açúcar) está no caminho certo para bater um novo recorde de cristalização”, disse ele (Reuters, 1/3/24)