Preço do barril do tipo Brent caiu 2,31% e encerrou em US$ 72,97 (R$ 384,35).
Os preços do petróleo caíram nesta sexta-feira (17) e fecharam em seu nível mais baixo em quase 15 meses, afetados pela crise bancária persistente, que gera temores de uma desaceleração do crédito e da economia.
O barril do Brent do Mar do Norte para entrega em maio caiu 2,31%, encerrando em US$ 72,97 (R$ 384,35, na cotação atual), enquanto o West Texas Intermediate (WTI) americano para entrega em abril cedeu 2,35%, a US$ 66,74 (R$ 351,54).
Durante o dia, as duas variedades de referência do mercado desceram a níveis não vistos desde dezembro de 2021. “Os preços são pressionados pelas turbulências bancárias, que não se acalmam, e pelo medo de que o ajuste monetário do Fed (banco central americano) faça derrapar a economia” americana, disse em nota Edward Moya, analista da Oanda.
“Se a economia desacelerar, a demanda irá cair”, afirmou Mark Waggoner, da Excel Futures.
Desde o início do choque que atingiu os bancos americanos há uma semana, o petróleo, muitas vezes considerado um indicador avançado da economia, tem sido um dos ativos mais afetados. Autoridades de países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), citadas por meios de comunicação, sugeriram que o cartel não agiria a curto prazo para tentar frear a queda dos preços.
Enquanto se comprometeu a comprar petróleo no mercado se o WTI caísse abaixo de US$ 67 (R$ 352,91) dólares o barril, o que é o caso no momento, o governo dos EUA parece estar tentando ganhar tempo.
Para Mark Waggoner, no entanto, os preços estão próximos do fundo. “A demanda irá se recuperar” com a chegada da primavera, observou. As refinarias, muitas das quais estavam em fase de manutenção, “irão retornar, e veremos as reservas de petróleo caindo” (Folha de S.Paulo, 17/3/23)