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Ministro da Agricultura se disse defensor do MST 2 dias antes de invasões

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Carlos Fávaro participou de festa da colheita do movimento no Paraná no sábado (25).

No sábado (25), dois dias antes das invasões do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) em três fazendas da Suzano Celulose, no extremo sul da Bahia, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, participou da Festa da Colheita de Soja Livre de Transgênico, em Centenário do Sul, no Paraná.

Em discurso no acampamento Fidel Castro, disse que o MST tem nele um grande aliado para acabar com o preconceito em relação a um “movimento legítimo de sonho pela terra”. Nesta quinta-feira (2), ele recebeu representantes da Suzano no ministério para tratar da crise.

Fávaro foi presidente da Aprosoja-MT de 2012 a 2014 e teve atuação como membro da bancada ruralista no Congresso. Sua escolha para o ministério foi apoiada por boa parte das lideranças do setor, que nesta quinta-feira (2) repudiaram as mobilizações do MST.

Acompanhado de Gleisi Hoffmann, presidente do PT, e Paulo Teixeira, ministro do Desenvolvimento Agrário, Fávaro disse a uma plateia de membros do MST que considera fascinante ver um movimento “tecnificado, cooperativista”, que gera renda e dignidade entre homens e mulheres. Por isso, afirma, será sempre um “grande defensor do MST.”

Trabalhadores rurais sem-terra invadem fazendas de eucalipto da Suzano Celulose na Bahia, na madrugada de segunda-feira (27) – Divulgacao – Comunicacao MST-BA

 No discurso, ele reconheceu que seu posicionamento poderia gerar estranhamento em alguns, dado que é o ministro dos médios e grandes produtores, enquanto a pasta de Teixeira cuida da agricultura familiar e dos pequenos produtores. Ele disse então que ele e o colega petista farão políticas juntos, a partir da convicção de que as atividades das pastas são indivisíveis.

Fávaro disse que deu os primeiros passos de sua trajetória ao migrar do Paraná para o Mato Grosso, onde começou em um assentamento da reforma agrária e se tornou um grande produtor rural. O ministro disse aos sem-terra que passou pelos mesmos dissabores que eles com a ausência do poder público, e portanto sabe o que significa para eles um pedaço de terra.

No encerramento de sua fala, fez uma comparação entre as condições de produção dos grandes e dos pequenos agricultores.

“[Os grandes agricultores] têm a capacidade sozinhos, ou juntos, de ter seu agrônomo, de ter sua capacidade de cumprir escala, de captar recursos no mercado nacional ou internacional com juros mais convidativos. Os pequenos precisam mais do abrigo do Estado. Os agricultores familiares são tão competentes ou mais que os grandes. Mas se não tiver crédito na hora certa, com juros compatíveis, assistência técnica, assistência ao cooperativismo, vão dizer que eles não têm capacidade de prosperar”, concluiu (Folha de S.Paulo,

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