O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamentos de R$ 100 milhões para a FS Bioenergia e de R$ 40 milhões para a Alcoeste para ampliação da eficiência energético-ambiental das usinas de etanol de milho e de cana-de-açúcar.
Segundo nota do banco, os recursos do Programa BNDES RenovaBio serão investidos na certificação dos processos produtivos das plantas de Lucas do Rio Verde (MT) e Fernandópolis (SP), respectivamente. A expectativa do BNDES é que, com o auxílio nas operações, as empresas alcancem emissão de Créditos de Descarbonização (CBIOs) correspondentes a 3,4 milhões de toneladas de carbono evitados por ano, um aumento de cerca de 13%.
A aprovação dos R$ 140 milhões resulta nas primeiras operações apoiadas no novo formato do programa do BNDES ligado à Política Nacional de Biocombustíveis (RenovaBio), que em dezembro teve seu custo reduzido e passou a ter metas de diminuição de emissões de carbono atreladas à eficiência energético-ambiental de cada cliente. Desde seu lançamento, em 2021, o programa acumula carteira de 12 operações e mais de R$ 1 bilhão em financiamentos.
Os créditos financeiros do auxílio estão alinhados a critérios ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG, na sigla em inglês), voltados a estimular a redução de emissões de carbono com o uso de biocombustíveis. Caso o cliente do banco comprove o atendimento à meta, os juros básicos do BNDES pelo financiamento podem ser reduzidos em até 0,4%, chegando a 0,9% ao ano.
De acordo com o diretor do BNDES, José Luis Gordon, o programa junto ao RenovaBio “estimula a produção mais eficiente de biocombustíveis e assim contribui para a descarbonização do setor de transportes”.
O secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia (MME), Pietro Mendes, afirmou, em nota, que o estímulo financeiro alinha-se ao compromisso do governo com uma efetiva agenda ambiental, “retomando o RenovaBio como instrumento fundamental para a descarbonização da nossa matriz de combustíveis”.