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Stellantis vai investir R$ 14 bi para produzir motorização híbrida flex

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Valor é parte do aporte de R$ 32 bi previsto pela empresa para o período de 2025 a 2030.

O grupo Stellantis vai iniciar a produção de motorizações híbridas flex em Betim (MG). O anúncio foi feito nesta segunda (20), junto com a confirmação de um aporte de R$ 14 bilhões na unidade mineira.

O valor é parte dos R$ 32 bilhões que serão investidos pela montadora entre 2025 e 2030 —o montante original era de R$ 30 bilhões, mas a empresa vai adicionar R$ 2 bi ao pacote original.

De acordo com a fabricante, serão desenvolvidas oito novas combinações de motor e câmbio, distribuídas entre 40 modelos das marcas Fiat, Jeep, RAM, Peugeot e Citroën.

As opções que conciliam etanol, gasolina e eletricidade serão destaques. Com o aporte de R$ 14 bilhões, a capacidade de produção do Polo Industrial de Betim chegará a 1,1 milhão de motores por ano, segundo o grupo Stellantis.

Outra fatia do investimento (R$ 13 bilhões) já havia sido confirmada para a fábrica de Goiana (PE), que receberá uma plataforma inédita. O prazo é o mesmo: o ciclo se inicia em 2025 e termina em 2030.

A montadora, contudo, deve acelerar o lançamento de modelos híbridos flex. As primeiras novidades são esperadas ainda para este ano, de forma a se antecipar à ofensiva das marcas chinesas nessa tecnologia.

Além disso, a multinacional pretende apresentar modelos movidos 100% a etanol até o fim de 2025. As opções já estão prontas, mas a empresa aguarda pela definição de incentivos tributários aos veículos que queimam apenas o combustível renovável.

A principal vantagem em relação aos carros flex —que rodam com etanol e gasolina, puros ou misturados— será a autonomia semelhante à obtida com o uso do combustível de origem fóssil, mas a um preço menor por litro e com redução das emissões de poluentes.

Isso é possível pela calibração dedicada apenas a um combustível, o que permite obter melhorias na eficiência energética.

INVESTIMENTOS ULTRAPASSAM R$ 130 BI ATÉ 2032

Os investimentos em modelos híbridos flex estão no centro da estratégia das montadoras instaladas no Brasil. Um dos anúncios mais recentes foi feito pela Honda: em abril, a empresa japonesa confirmou um aporte de R$ 4,2 bilhões até 2030.

O primeiro produto inédito desse novo ciclo será a segunda geração do SUV compacto WR-V. Trata-se de um carro bem diferente do primeiro, que era basicamente um Fit remodelado e mais robusto.

O Honda será concorrente direto do Toyota Yaris Cross, que também terá motorização híbrida flex. Seu lançamento ocorrerá ainda em 2024.

Com os últimos investimentos anunciados, o valor total dos aportes previstos pelas montadoras no Brasil até 2032 já ultrapassa os R$ 130 bilhões (Folha, 21/5/24)

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