O Brasil deve produzir 4,5 bilhões de litros de etanol de milho na safra 2022/23, que começou no mês passado, projeta a União Nacional de Etanol de Milho (Unem), 31% a mais do que os 3,43 bilhões de litros produzidos em 2021/22 e 7% acima da estimativa anterior da entidade, de 4,2 bilhões de litros.
O volume de milho processado para a produção do biocombustível deve subir 30%, de 7,98 milhões de toneladas para 10,38 milhões de toneladas, estima a Unem.
“Com a revisão das projeções, o etanol de milho deverá ampliar sua participação na produção total do biocombustível, passando de 12,5% para 15%”, diz a entidade em comunicado.
O presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, afirma em nota: “Com a quebra na safra de cana-de-açúcar, o etanol de milho diminuiu o impacto da menor oferta e está viabilizando a produção ao longo de todo o ano.”
A entidade lembra que no ano passado usinas anunciaram a expansão da produção em unidades já existentes e que pelo menos duas novas unidades devem começar a operar este ano. “Este movimento dentro da cadeia do etanol de milho deve ser contínuo pelas próximas cinco safras”, diz Nolasco.
A Unem cita também levantamento do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) que estima a produção de farelos de milho em 2,53 milhões de toneladas na safra, alta de 36% frente à temporada anterior; enquanto o óleo de milho deve ter sua fabricação ampliada em 43%, para 164,7 mil toneladas (Estadão.com, 3/5/22)