Os produtores de bioenergia superam a marca de 94,5 milhões de toneladas de emissões de gás carbônico (CO2) equivalente evitadas pela emissão dos Créditos de Descarbonização (CBIOs), instrumento do programa de estímulo aos biocombustíveis RenovaBio.
O levantamento foi realizado pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), a partir de dados da B3, e divulgado em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado ontem (5). A análise abrange o período de três anos, de junho de 2020, início da comercialização dos títulos ambientais, a 31 de maio de 2023.
Segundo a Unica, o volume de CO2 evitado pelos CBIOs equivale ao plantio de mais de 675 milhões de árvores, mantidas em pé por 20 anos. !Esses títulos oferecem oportunidade de compensação de emissões para setores da economia com maior custo de mitigação”, afirmou, em nota, o presidente da Unica, Evandro Gussi.
O diretor de Economia e Inteligência Setorial da entidade, Luciano Rodrigues, ressaltou que, com o RenovaBio, o Brasil deu um salto na oferta de energia de baixo carbono. “Cerca de 90% da capacidade produtiva dos biocombustíveis tem sua pegada de carbono auditada por um robusto processo validado pela ANP (Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis)”, disse ele.
O RenovaBio foi uma política instituída para reduzir a emissão de carbono nos combustíveis e prevê a compra dos créditos pelos distribuidores para cumprimento de suas metas anuais de descarbonização. Na prática, cada CBIO equivale a uma tonelada de CO2 equivalente que deixou de ser emitida na atmosfera em função da utilização de biocombustíveis.
Para o presidente da Unica, Evandro Gussi, a grande adesão dos produtores ao RenovaBio demonstra o compromisso do setor de bioenergia com a sustentabilidade. “Acreditamos que progressos econômico e científico devem andar juntos com o respeito ao meio ambiente e às pessoas”, concluiu (Broadcast, 6/6/23)