USD utiliza a mínima quantidade de matérias-primas e insumos, para obter o máximo de produtos mitigadores de emissões
Dados climáticos, que sinalizam impactos importantes sobre o planeta, trazem à tona, nesse Dia do Meio Ambiente, a importância de tecnologias que melhorem o desempenho sustentável do setor sucroenergético, que começa a ser chamado de ‘sucrossustentável’.
E nesse cenário, a Dedini está inserida, graças ao desenvolvimento de tecnologias de ponta, caso da sua USD (Usina Sustentável Dedini).
“A Dedini está nessa rota há vários anos, sintonizada com as necessidades dos clientes. Em 2009, desenvolveu e apresentou a USD, uma usina completa que engloba tecnologias já existentes com novas tecnologias e que produz um etanol que maximiza a mitigação de gases de efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global, que gera mudanças climáticas, com danos irreversíveis ao ecossistema”, afirma o engenheiro José Luiz Olivério, consultor sênior da Dedini S/A Indústrias de Base.
Dessa forma, segundo o engenheiro, o uso de tecnologias que reduzem emissões é extremamente importante para minimizar as mudanças climáticas.
Dentro desse contexto se insere a USD, que de acordo com Olivério, tem seis bioprodutos: bioaçúcar, bioetanol, bioeletricidade, biodiesel e/ou outros bioprodutos integrados, biofertilizantes e bioágua, e se baseia em duas ideias: otimização e conceito zero.
Com a otimização, a USD utiliza a mínima quantidade de matérias-primas e insumos, para obter o máximo de produtos mitigadores de emissões.
Com o conceito zero, não gera resíduos e efluentes, não compromete e não polui o ambiente e não consome água de mananciais, mas produz um excedente: a bioágua.
Fernando Boscariol, Superintendente de Engenharia da Dedini, enfatiza que a sustentabilidade dessa usina é resultado da integração de 32 tecnologias, algumas tradicionais como a limpeza de cana a seco e a utilização de moendas de alto desempenho com acionamento elétrico, e outras de inovação, com foco na sustentabilidade.
No resultado final, o etanol produzido por essas usinas Dedini evita a emissão de três quilos de gás carbônico por litro de etanol equivalente, contra os dois quilos mitigados pelas usinas tradicionais, o que resulta em maior quantidade de CBIOs (Créditos de Descarbonização por Biocombustíveis) que são negociados na Bolsa de Valores, gerando resultados adicionais.
Boscariol cita, como exemplo do interesse por uma dessas tecnologias, uma usina da Flórida (EUA) que, ao atender as novas prerrogativas de colheita de cana crua para evitar as emissões decorrentes da queima da cana, comprou da Dedini o sistema SLC (Separação e Limpeza da Cana e da Palha) para processar 14 mil toneladas de cana/dia, ou seja, 100% da capacidade de processamento da usina.
A palha é utilizada como um dos componentes da compostagem, aplicada como fertilizante em substituição ao de origem fóssil, reduzindo também emissões. No Brasil, uma excelente utilização dessa palha é na produção da bioeletricidade, mitigando emissões.
Outro produto de impacto ambiental importante, de acordo com Boscariol, é o DCV (Dedini Concentração de Vinhaça), uma planta que otimiza energeticamente a produção de vinhaça concentrada, que retorna à lavoura como fertilizante, reduzindo o uso do combustível fóssil no transporte pelos caminhões e substituindo fertilizante químico, reduzindo as emissões em ambos os casos. “A tecnologia já está disponível e a Dedini forneceu duas plantas DCV ao setor”, informa Boscariol.
Nessa direção, José Luiz Olivério destaca que o próximo passo é a produção do Biofom, Biofertilizante Organo-Mineral, integrando a vinhaça concentrada com outros resíduos, como a torta de filtro, fuligem e cinza das caldeiras.
“O Biofom tem alto poder de fertilização, podendo substituir até 80% dos fertilizantes químicos, minimizando emissões. Ao mesmo tempo, reduz o uso desses insumos importados, sujeitos a colapsos de abastecimento, como se verifica agora, com a crise militar na Europa”, completa.
Projeto Água
A Dedini S/A Indústrias de Base também tem investido recursos e esforços na proteção da Bacia do Ribeirão Guamium, manancial que atende a empresa, e desenvolvido várias ações por meio do Projeto Água.
Um dos destaques desse projeto é educação ambiental, realizada por meio de visitas monitoradas, que oferecem aos alunos de escolas da rede pública a oportunidade de conhecer as ações ambientais desenvolvidas pela empresa, que aposta na educação das novas gerações como medida fundamental para preservação do ambiente. Interrompidas durante a pandemia de Covid-19, as visitas serão retomadas no dia 8 de junho, na Semana do Meio Ambiente (Gazeta de Piracicaba, 6/6/22)