Segundo banco, Rússia pode cortar até 5 milhões de barris por dia sem prejudicar próprio interesse econômico.
Os preços do petróleo Brent podem subir para “estratosféricos” US$ 380 (R$ 2.019) o barril no cenário mais extremo em que a Rússia reduz a produção de petróleo em cinco milhões de bpd (barris por dia), disseram analistas do JPMorgan em uma nota divulgada na sexta (1º).
A ação seria em retaliação a um teto de preço considerado pelos países do G7. As potências econômicas do grupo concordaram na semana passada em explorar a proibição ao petróleo russo que for vendido acima de um determinado preço, com o objetivo de limitar a capacidade de Moscou financiar a Guerra da Ucrânia. O país descreve a invasão como uma operação especial.
“Um teto de preço de US$ 50 (R$ 265) e US$ 60 (R$ 318) por barril provavelmente serviria aos objetivos do G7 de reduzir as receitas do petróleo para a Rússia, garantindo que os barris continuem a fluir”, disse o banco.
O risco mais óbvio e provável é a Rússia não cooperar e retaliar com uma redução das exportações de petróleo, afirmou o JPMorgan, acrescentando que Moscou pode cortar a produção em até cinco milhões de barris por dia “sem prejudicar excessivamente seu interesse econômico”.
“Dado o alto nível de estresse no mercado de petróleo, um corte de três milhões de bpd poderia fazer com que o preço global do Brent saltasse para US$ 190 (R$ 1.009) por barril, enquanto no pior cenário, um corte de cinco milhões de bpd poderia levar o preço do petróleo a estratosféricos US$ 380 o barril.”
O vice-primeiro-ministro russo, Alexander Novak, disse na semana passada que as tentativas de limitar o preço do petróleo russo podem levar a um desequilíbrio no mercado e elevar os preços (Folha de S.Paulo, 5/7/22)