As empresas de biodiesel entregaram às distribuidoras no ano passado 7,34 bilhões de litros do biocombustível, quase 20% acima do volume comercializado em 2022 e cerca de 7,7% superior ao seu melhor desempenho até então, registrado em 2021, disse a Associação dos Produtores de Biocombustíveis do Brasil (Aprobio), a partir dos dados consolidados do mercado de biodiesel em 2023 pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
A entidade disse em nota que o aumento da mistura de 10% de biodiesel para 12% (B12), anunciado no começo do ano passado, “não pegou o setor de surpresa porque já estava preparado para, com os investimentos feitos, atender uma demanda de B15, conforme evolução prevista em resolução anterior e interrompida em abril de 2021”.
Segundo o presidente do Conselho de Administração da Aprobio, Francisco Turra (Foto), na nota, a economia verde cresceu, com mais empregos, o preço na bomba se comportou de forma estável ao longo do ano e “não houve nenhum problema de desempenho que os inimigos da sustentabilidade e da descarbonização teimaram em rogar”.
Conforme a entidade, estudo do Observatório de Conhecimento e Inovação em Bioeconomia da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrou que a presença do biodiesel na matriz de ciclo diesel ajudou a evitar a emissão de 4,4 milhões de toneladas de CO2 equivalentes no segundo trimestre de 2023, quando a mistura obrigatória do biocombustível cresceu para 12%.
“Estamos prontos para avançar até pelo menos B20, beneficiando no curto prazo os grandes centros urbanos sem mudança em motores e custos em novas infraestruturas de abastecimento”, disse o diretor o superintendente da Aprobio, Julio Cesar Minelli (Broadcast, 29/1/24)