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B-20 Brasil: crescimento inclusivo para um futuro sustentável

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Por Antonio Ricardo Alvarez Alban e Dan Ioschpe

Sediar o fórum permite que o País mostre não só seu potencial econômico, mas também seu papel primordial em pautas importantes para o mundo contemporâneo.

No cenário global, dominado por conflitos geopolíticos e incertezas, o G-20 e o B-20 emergem como fóruns centrais de cooperação sobre temas urgentes na agenda internacional, moldando o debate na direção do desenvolvimento sustentável. Neste ano, o Brasil ocupa a presidência do G-20, grupo que reúne as maiores economias do mundo, e do B-20, que congrega os setores econômicos dos membros do G-20. Essa posição de destaque abre uma oportunidade para que possamos exercer uma maior influência sobre os rumos do planeta nos próximos anos.

Sediar o G-20 e o B-20 permite que o Brasil mostre não só o seu potencial econômico, mas também o seu papel primordial em pautas importantes para o mundo contemporâneo. Os dois fóruns podem impulsionar grandes reformas que o Brasil está determinado a realizar, desde o necessário processo de neoindustrialização e de minimização dos efeitos adversos das mudanças climáticas até a redução do custo de capital e a capacidade de atração de investimentos produtivos. Estamos convencidos de que o B-20 Brasil será importante na consolidação e no êxito da agenda público-privada, acelerando um novo ciclo de crescimento para o País.

Instância preponderante de cooperação, o G-20 representa 87% da economia global. O grupo também é de suma relevância para o Brasil, pois é responsável por cerca de 90% dos investimentos diretos recebidos pelo País e destino de 92% dos nossos investimentos no exterior. O bloco tem uma atuação fundamental nas agendas econômica e financeira e na coordenação de assuntos políticos, assim como na adoção de iniciativas para a diminuição das desigualdades sociais e de melhores práticas na transição para uma economia de baixo carbono.

O B-20 Brasil é um espaço que reúne mais de mil representantes do setor privado dos países do G-20 para construir consensos em áreas estratégicas e identificar prioridades para os governos. O grupo estimulará parcerias entre empresas e organizações governamentais, além de medidas que fomentem a expansão econômica e o desenvolvimento de negócios alinhados ao lema “crescimento inclusivo para um futuro sustentável”. Líderes empresariais dos 20 países se encontraram, no dia 29/1, no Rio de Janeiro, para debater a conjuntura e as perspectivas globais. Esse encontro marcou o início dos trabalhos do B-20 Brasil.

Sob a coordenação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), as discussões se darão em torno de cinco pilares centrais, que tratam de temas cruciais para o progresso das economias, a melhora das condições de vida das populações e o enfrentamento dos prejuízos causados pelas mudanças do clima. São eles: crescimento inclusivo e combate à fome, à pobreza e às desigualdades sociais; transição justa para zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa; aumento da produtividade por meio da inovação; resiliência das cadeias globais de valor; e valorização do capital humano.

Esses pilares vão nortear os trabalhos de oito forças-tarefas temáticas e um Conselho Consultivo com o objetivo de elaborar sugestões de políticas públicas a serem entregues aos chefes de Estado e de governo do G-20. Esses grupos vão atuar em: comércio e investimento; emprego e educação; transição energética e clima; integridade e conformidade; transformação digital; finanças e infraestruturas; sistemas alimentares sustentáveis e agricultura; e mulheres, diversidade e inclusão nos negócios. Eles serão liderados por 25 CEOs e altos executivos que, pela experiência e pelo profundo conhecimento em suas áreas, poderão dar uma contribuição valiosa.

Nossa expectativa é que as propostas sejam colocadas em prática pelos países do G-20. Para que isso ocorra, nos dedicaremos a priorizar sugestões de alto impacto que sejam factíveis. Além disso, desejamos que os participantes do B-20 se envolvam ativamente nas discussões e na promoção das recomendações, assegurando a ampla representatividade dos mais diferentes setores e países.

Os desafios econômicos, geopolíticos, sociais, de saúde e segurança sanitária do panorama atual demandam ações rápidas e globalmente coordenadas. Embora o G-20 reúna países com grandes diferenças em indicadores econômicos, de inclusão social e de sustentabilidade, essa diversidade deve, na verdade, ser encarada como uma enorme oportunidade. Ela favorece uma multiplicidade de visões que pode facilitar o surgimento de respostas criativas para problemas comuns.

O G-20 e o B-20 são grandes catalisadores para avançar nas mudanças e nos compromissos necessários para um futuro mais justo e promissor para todos. Como anfitrião dos dois fóruns, o Brasil tem uma chance singular para unir os países e seus segmentos empresariais em torno de propósitos comuns para a construção de um modelo de crescimento econômico vigoroso, mais inclusivo e sustentável (Antonio Ricardo Alvarez Alban e Dan Ioschpe são, respectivamente, empresário e presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e presidente do Conselho de Administração da Iochpe-Maxion e do B-20; Estadão, 31/1/24)

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