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16 tendências do mercado de trabalho em 2024

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1 -Esteja pronto para ver mais vagas relacionadas à IA

De acordo com dados divulgados em agosto pelo LinkedIn, o número de vagas de emprego divulgadas na plataforma que mencionam GPT ou ChatGPT aumentou 21 vezes desde novembro de 2022, quando a OpenAI lançou seu chatbot.

Ao mesmo tempo, a inteligência artificial já é o conhecimento tecnológico mais buscado pelas empresas hoje. Machine learning e internet das coisas completam o top 3, segundo estudo da Cortex, plataforma de inteligência de vendas B2B, que analisou mais de três milhões de vagas de emprego divulgadas entre março e junho nos principais portais do Brasil, das quais 34.324 estão relacionadas à IA.

E pode esperar um crescimento dessa taxa em 2024. Em cinco anos, 44% das habilidades dos profissionais serão alteradas, segundo o estudo Futuro do Trabalho 2023, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial com o apoio da Fundação Dom Cabral.

2 – Tecnologia ainda está em alta

O setor de tecnologia, em geral, continua em alta, puxado pela mais nova tendência da inteligência artificial, que exige habilidades como programação, análise de dados e gerenciamento de sistemas inteligentes. Um arquiteto de machine learning, por exemplo, pode chegar a ganhar R$ 38 mil em uma grande empresa em São Paulo, segundo o guia salarial voltado para profissões de tecnologia da Adecco, consultoria global em recursos humanos.

Em relação aos salários mais elevados, destacam-se as seguintes áreas: cibersegurança, Data Science, BI (Business Intelligence).

E há uma alta demanda por profissionais em cargos como: desenvolvedor Java, desenvolvedor Android, desenvolvedor iOS, engenheiro de software, analista de suporte, arquiteto de nuvem (Cloud Computing), operador de Service Desk, gerente de projetos de TI, gerente de desenvolvimento de sistemas e arquiteto de software.

3 – Trabalho flexível é o que há

A flexibilidade não é uma novidade, mas o ano de 2023 marcou a volta de muitas empresas a práticas pré-pandêmicas, como o trabalho 100% presencial. Porém, a Randstad alerta as empresas de que essa é uma das prioridades dos profissionais hoje.

Nas entrevistas de emprego, o modelo de trabalho é um dos primeiros e principais questionamentos feitos pelos candidatos, por questões de equilíbrio com a vida pessoal, produtividade e satisfação no trabalho. E não haverá dedução salarial para a maioria daqueles que trabalham de forma remota, parcial ou totalmente, segundo a Korn Ferry. Só 2% dos empregadores pretendem dar remuneração diferenciada àqueles totalmente remotos e apenas 6% àqueles em regime híbrido.

4 – Modelo 100% home office está em extinção

Os brasileiros nunca procuraram tanto por “vaga home office” no Google quanto em 2023. Mas há cada vez menos oportunidades de trabalho remoto, segundo relatório do LinkedIn de agosto deste ano. Ao mesmo tempo, as vagas de regime híbrido têm aumentado.

O regime que combina dias no escritório com a flexibilidade de trabalhar de casa deve prevalecer como principal opção, para atender tanto às necessidades dos talentos como as das empresas.

5 – IA já é parte dos processos seletivos

A IA já é uma realidade e vem revolucionando diversos setores da economia e impactando empresas e profissionais em todo o mundo. A tecnologia deve ser tratada como aliada e facilitadora. Ela permite que profissionais de recursos humanos ganhem tempo nos processos de recrutamento e seleção e também sejam mais estratégicos e criativos, já que delegam tarefas repetitivas e operacionais à tecnologia. A IA já é usada para automatizar vagas, fazer triagem de candidatos e selecionar os currículos mais adequados para cada posição. De acordo com o estudo Talent Trends, da Randstad, 50% das empresas afirmaram já investir em análise preditiva e inteligência de mercado voltada para candidatos neste último ano.

Da mesma forma, muitos candidatos têm usado programas de IA generativa, como o ChatGPT, para fazer currículos e cartas de apresentação que correspondam às habilidades e competências que cada vaga requer – o que também impacta o trabalho dos recrutadores.

6 – O TQQ (terça, quarta e quinta-feiras no escritório) vai continuar

Um relatório da Korn Ferry sobre tendências de RH mostra que a maioria dos empregadores espera que seus funcionários trabalhem de 2 (61%) a 3 dias (27%) por semana presencialmente. As segundas e sextas-feiras são os dias geralmente escolhidos para trabalhar de casa, o que pode ser observado no trânsito das grandes cidades. Em São Paulo, por exemplo, esses são os dias com menos trânsito, enquanto terças, quartas e quintas registram a maior alta na média da lentidão do engarrafamento, segundo acompanhamento da Companhia de Engenharia de Tráfego na capital paulista.

7 – Cada um é cada um

O tempo em que somente um bom salário importava ficou para trás. O valor de se ter benefícios únicos e diferenciados tem sido cada vez mais relevante. Por isso, benefícios flexíveis e remuneração criativa, dedicados às necessidades e preferências dos talentos e relacionadas ao desenvolvimento e especialização, programas de apoio emocional, incentivos à atividade física, e até auxílios para pets, por exemplo – têm chamado a atenção dos talentos.

Para 90% dos profissionais brasileiros, benefícios não financeiros são considerados tão importantes quanto a remuneração em si, mostra um estudo da Randstad. E a flexibilidade já é mais relevante para os trabalhadores do que o plano de saúde, de acordo com um levantamento da WeWork.

8 – Mercado pede talentos qualificados

O tempo em que somente um bom salário importava ficou para trás. O valor de se ter benefícios únicos e diferenciados tem sido cada vez mais relevante. Por isso, benefícios flexíveis e remuneração criativa, dedicados às necessidades e preferências dos talentos e relacionadas ao desenvolvimento e especialização, programas de apoio emocional, incentivos à atividade física, e até auxílios para pets, por exemplo – têm chamado a atenção dos talentos.

Para 90% dos profissionais brasileiros, benefícios não financeiros são considerados tão importantes quanto a remuneração em si, mostra um estudo da Randstad. E a flexibilidade já é mais relevante para os trabalhadores do que o plano de saúde, de acordo com um levantamento da WeWork.

9 – Lifelong learning é necessário

Enquanto as empresas buscam profissionais qualificados, as habilidades exigidas vêm mudando rapidamente. Ao todo, 23% das ocupações devem se modificar até 2027, segundo o estudo Futuro do Trabalho 2023, elaborado pelo Fórum Econômico Mundial com o apoio da Fundação Dom Cabral. A intensa movimentação do mercado, impulsionada pelo avanço da tecnologia e a chegada da inteligência artificial, exige que profissionais estejam atentos às tendências e transformações da sua indústria – seja qual for –, 0 chamado lifelong learning, ou educação continuada.

Investir na capacitação dos colaboradores dentro de casa também é um ganha-ganha, já que as oportunidades de progressão de carreira estão entre as prioridades dos profissionais para 2024.

10 – O negócio é equilibrar soft e tech skills

A inteligência emocional é considerada a principal habilidade para uma boa liderança, eleita por 49% dos profissionais em uma pesquisa da Robert Half no LinkedIn. Mas profissionais com habilidades de tecnologia têm um diferencial competitivo relevante. O ideal, segundo a empresa de recrutamento, é equilibrar as soft skills – inteligência emocional, comunicação eficaz e capacidade de inspirar são as principais para os profissionais – com tech skills (não apenas programação, mas domínio de ferramentas e entendimento de processos. Isso porque líderes com habilidades tecnológicas tendem a tomar decisões mais estratégicas, apoiadas em dados e tendências, e identificar e aproveitar oportunidades tecnológicas emergentes, que podem transformar seus negócios e indústrias.

11 – Green skills vão te tornar um profissional mais competitivo

Um relatório do LinkedIn indica um aumento nas contratações que têm como prioridade a sustentabilidade, ultrapassando significativamente as médias de recrutamento nos principais mercados. Ao mesmo tempo, existe uma notável escassez de green skills, ou “habilidades verdes” – competências que se relacionam com o desenvolvimento sustentável.

Apenas 1 em cada 8 trabalhadores no mundo todo tem uma ou mais green skills (na União Europeia a proporção é de 1 em cada 9). Isso indica que, embora as empresas criem cada vez mais empregos verdes (nem sempre diretamente relacionados à sustentabilidade, mas que exigem essas habilidades), enfrentam dificuldades em encontrar pessoas qualificadas para essas funções. Ou seja, há espaço para se destacar nesse mercado.

12 – Semana de trabalho de 4 dias vai estar em alta

Empresas brasileiras vão começar a trabalhar 4 dias por semana já em janeiro e divulgar os resultados do projeto-piloto da 4 Day Work Week, que já trouxe benefícios no Reino Unido, EUA e em outros países.

Uma pesquisa de 2023 da empresa norte-americana Resume Builder descobriu que 20% dos empregadores dos Estados Unidos já implementaram uma semana útil de 4 dias e outros 41% têm planos de aderir ao regime.

A Vockan Consulting, empresa de tecnologia voltada para a indústria, foi uma das primeiras a testar o modelo no Brasil. A redução da jornada de trabalho para quatro dias resultou em uma produtividade 41% acima da média e em uma satisfação maior dos funcionários.

13 – Sua próxima entrevista de emprego pode (e provavelmente vai) ser com um robô

4 em cada 10 empresas já adotam ou planejam adotar entrevistas com IA até o próximo ano, segundo uma pesquisa do software de currículos Resume Builder, que entrevistou mais de mil profissionais envolvidos em processos de contratação em junho.

Segundo Lucas Oggiam, diretor-executivo da consultoria de recrutamento PageGroup, o processo de usar qualquer nível de inteligência artificial ou automação em entrevistas evoluiu de formulários preenchidos pelos candidatos há dez anos, e hoje a IA é usada para filtrar informações no currículo ou em testes online e até mesmo conduzir conversas.

14 – “Rage applying” vem forte por causa da IA

Parceiros dos “quiet quitters”, os “rage appliers” são os profissionais que se candidatam a vagas de emprego por estarem frustrados com o próprio trabalho. Seja por estarem irritados com o salário, pela carga de trabalho excessiva ou por não compactuarem com os valores da empresa. A tendência que viralizou no TikTok – especialmente entre millenials e a geração Z – é uma reação de pessoas que se sentem desvalorizadas no ambiente de trabalho.

Ao mesmo tempo, a IA agora permite que profissionais se candidatem a dezenas de vagas por dia com a automação do processo de candidatura. Trabalhadores nos Estados Unidos e no Reino Unido estão se candidatando a cerca de 15% mais cargos em comparação com o ano anterior, de acordo com dados recentes do LinkedIn. Especialistas dizem que o uso dessas novas tecnologias é uma das razões que explica por que os empregadores estão sendo inundados com cada vez mais candidatos, além, claro, de um mercado de trabalho mais competitivo.

15 – Transparência salarial está forte lá fora, especialmente entre a GenZ

Leis de transparência salarial estão em alta no exterior, especialmente nos Estados Unidos. No Brasil, apesar de não existir uma legislação nesse sentido, a lei que reforça a igualdade salarial tem como um dos seus pilares a transparência e a fiscalização.

E não é apenas a política que reforça essa tendência: pesquisas mostram que a geração Z valoriza vagas de emprego que divulgam faixas salariais e falam sobre remuneração mais abertamente. Um estudo da empresa norte-americana de serviços financeiros Empower, feita com mais de 2 mil adultos dos EUA, mostra que millennials e a geração Z têm menos receio de falar de seus salários do que outros profissionais. Esses dois grupos também são mais abertos em compartilhar suas remunerações no LinkedIn para ajudar outros em suas buscas por emprego.

16 – De olho na GenZ

A geração Z, a última a entrar no mercado de trabalho, deve representar 23% de todos os profissionais globalmente já no próximo ano. Nascidos entre 1995 e 2010, são conhecidos por trazer uma nova gama de prioridades e objetivos para dentro das empresas: buscam flexibilidade e valorizam o bem-estar e a diversidade (Bernard Marr é colaborador da Forbes EUA. Ele é um autor de sucesso internacional, palestrante, futurista e consultor estratégico de negócios e tecnologia para governos e empresas; Forbes, 15/1/24)

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