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Moagem no Centro-Sul atinge 542,09 milhões de toneladas após 1ª quinzena de janeiro de 2023

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A moagem de cana-de-açúcar na primeira quinzena de janeiro na região Centro-Sul totalizou 439,83 mil toneladas. Neste mesmo período, no ano anterior, não houve processamento de cana-de-açúcar. No acumulado da safra 2022/2023, a moagem atingiu 542,09 milhões de toneladas, ante 522,62 milhões de toneladas registradas no mesmo período no ciclo 2021/2022 – um avanço de 3,73%.

Na primeira metade de janeiro, três unidades encerraram o processamento de cana-de-açúcar. Ao término da quinzena, 13 unidades produtoras estavam em operação no Centro-Sul, sendo três unidades com processamento de cana-de-açúcar e dez empresas que fabricam etanol a partir do milho.

A qualidade da matéria-prima colhida acumulada desde o início da safra até a primeira metade de janeiro, mensurada em kg de ATR por tonelada de cana-de-açúcar processada, apresentou redução de 1,28% na comparação com o mesmo período do último ciclo agrícola, atingindo 141,15 kg de ATR por tonelada nesta safra.

Produção de açúcar e etanol

A produção de açúcar na primeira metade de janeiro totalizou 19 mil toneladas. No acumulado desde o início da safra 2022/2023, a fabricação do adoçante totaliza 33,48 milhões de toneladas, ante 32,06 milhões de toneladas do ciclo anterior (+4,43%).

Na primeira quinzena de janeiro, 208,25 milhões de litros (+43,31%) de etanol foram fabricados pelas unidades do Centro-Sul. Do volume total produzido, o etanol hidratado alcançou 96,66 milhões de litros (-12,87%), enquanto a produção de etanol anidro totalizou 111,59 milhões de litros (+224,55%).

No acumulado desde o início do atual ciclo agrícola até 15 de janeiro, a fabricação do biocombustível totalizou 27,67 bilhões de litros (+3,29%), sendo 15,90 bilhões de etanol hidratado (-0,31%) e 11,78 bilhões de anidro (+8,59%).

Do total de etanol fabricado na primeira metade de janeiro, 90% foram fabricados a partir do milho, registrando produção de 187,01 milhões de litros neste ano contra 143,27 milhões de litros no mesmo período do ciclo 2021/2022 – avanço de 30,53%. No acumulado desde o início da safra, a produção de etanol de milho atingiu 3,44 bilhões de litros – avanço de 26,41% na comparação com igual período do ano passado.

Vendas de etanol

Na primeira quinzena do mês de janeiro, as unidades produtoras do Centro-Sul comercializaram 903,82 milhões de litros de etanol, representando aumento de 1,90% em relação ao mesmo período da safra 2021/2022.

No mercado carburante, o volume de etanol hidratado comercializado totalizou 399,80 milhões de litros, o que significa uma queda de 1,42% em relação ao mesmo período da safra anterior. A retirada de etanol anidro carburante pelas distribuidoras, por sua vez, atingiu a marca de 451,19 milhões de litros, registrando crescimento de 9,77%.

Os números indicam que houve maior retirada de etanol das unidades produtoras na segunda quinzena de dezembro na expectativa de restabelecimento dos tributos sobre combustíveis. Esse movimento no final de dezembro explica, ao menos parcialmente, a menor venda de etanol pelas unidades do Centro-Sul na primeira quinzena de janeiro deste ano.

No acumulado de abril de 2022 até 15 de janeiro de 2023, foram comercializados 11,67 bilhões de litros de hidratado carburante (+0,31%) e 8,64 bilhões de litros de etanol anidro (+7,64%).

Mercado de CBios

Dados da B3 registrados até o dia 24 de janeiro indicam a emissão de 2,01 milhões de CBios em 2023. Até a data supracitada, a parte obrigada do programa RenovaBio havia adquirido cerca de 34,9 milhões de créditos de descarbonização [1].  Esse volume representa 95% da meta de aquisição total para o ano de 2022, cujo prazo de cumprimento foi postergado até setembro de 2023.

Com essa medida, as distribuidoras de combustíveis, que constituem a parte obrigada no programa, deverão, em 2023, aposentar uma quantidade de CBios equivalente às metas de 2022 e do ano corrente. Assim, além dos 36,72 milhões de créditos considerados débitos de 2022, um adicional de cerca de 35,45 milhões referentes à meta de 2023 devem ser adquiridos e aposentados para que o compromisso de redução de emissões proposto pelo programa seja mantido. Vale lembrar que cada CBio representa uma tonelada de CO2eq. que deixou de ser emitido graças à substituição de combustíveis fósseis por biocombustíveis.

[1] Esse valor considera o estoque de passagem da parte obrigada somada com os créditos adquiridos, estejam eles ativos ou aposentados.

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