Por Giovanni Lorenzon
Um cenário baixista para o milho no mercado internacional pode estar sendo preparado pelo lado do etanol nos Estados Unidos.
Do cereal se extrai o etanol usado no país, misturado à gasolina.
Se prevalecer por mais dias a situação vista pela agência americana de energia (EIA), até dia 21, haverá pressão sobre os preços.
A produção foi reduzida em 17 mil barris por dia, na semana anterior, somando 1,035 b/d. Ainda assim, a venda de gasolina, a qual o biocombustível anidro é misturado, cresceu mais de 3%, perfazendo 8,5 milhões b/d.
O que notou a Renewable Fuels Association, que reúne as destilarias, foi o aumento dos estoques de etanol.
Os inventários cresceram 3,7%, para 24,5 milhões de barris.
E entidade considera as maiores reservas desde maio de 2020.
Nesse sentido, as indústrias tenderão a demandar menos milho, cuja folga na oferta empurra as cotações em Chicago (CBOT) para baixo, se essa tendência se consolidar nas próximas semanas.
Nesta quinta (27), a cotação de março, contrato mais importante, corre para fechar em baixa em torno de 0,50% a 0,60% a menos, em US$ 6,22 aproximadamente (Money Times, 27/1/22)