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Alta do CBio pode ter sido “aposta” de distribuidoras

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A alta de preços dos Créditos de Descarbonização (CBIOs) no início deste ano – com o título chegando a ser negociado a R$ 70 – pode estar relacionada a uma mudança na estratégia das distribuidoras. “No final de 2020, teve pico de preços de CBIOs, depois caiu quando boa parte das distribuidoras cumpriu suas metas”, afirmou no Broadcast Live o diretor do Departamento de Biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes.

 “Em 2021 algumas, apostando que o fenômeno se repetiria, deixaram para comprar no final do ano. Imagino que distribuidoras estejam tentando mudar a estratégia, talvez comprando 1/12 da meta a cada mês, isso explica maior negociação no início do ano, para evitar o que aconteceu no ano passado. Isso levou a aumento de preços.”

Para proteger oscilações e volatilidade do mercado, Mendes afirmou que seria importante a possibilidade de fazer hedge de CBIOs, o que ainda não é possível. A discussão para esse novo produto financeiro, diz ele, está sendo feita junto com a Anbima. “O que depende de nós é tirar barreiras e dar segurança jurídica para que aconteça.” Nas reuniões, diz ele, há interesse de escrituradores no mecanismo, portanto ele acredita que o hedge deve sair no médio ou longo prazo.

De acordo com o diretor do DBIO, uma eventual integração do RenovaBio com mercados internacionais de carbono e com mercados internos pode levar ao aumento de preços, assim como o avanço do mercado secundário.

 Crédito de carbono pode gerar fluxo de recursos do hemisfério Norte para o Sul

O mercado global de carbono, regulamentado no artigo 6 do Acordo de Paris, pode gerar fluxo de recursos de países do Hemisfério Norte para o Sul, afirma o diretor do departamento de biocombustíveis do Ministério de Minas e Energia, Pietro Mendes.

 “Um think thank europeu estima que este mercado internacional em 2030 vá comercializar entre US$ 100 bilhões e US$ 400 bilhões. E o Centro Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável acredita que o Brasil pode contribuir entre US$ 16 bilhões e US$ 72 bilhões”, disse ele nesta quinta-feira em entrevista no Broadcast Live. “Então é uma boa notícia e obviamente a bioenergia tem papel de destaque neste mercado de carbono.”

Ele destacou que o governo busca entender melhor os critérios internacionais para que possa haver fungibilidade (possibilidade de troca) entre o Crédito de Descarbonização (CBIO, título emitido no âmbito do RenovaBio) e o mercado internacional de carbono. “É uma das iniciativas que pretendemos debater este ano no Comitê RenovaBio” (Broadcast, 27/1/22)

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