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Verão chuvoso deve favorecer melhor produtividade da cana em 2025/26

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Centro-Sul deverá compensar boa parte da quebra de safra da última temporada

O clima deixou de ser o vilão da cultura da cana-de-açúcar desde novembro e está colaborando para um cenário um pouco mais positivo para a colheita da próxima safra (2025/26), que começa oficialmente em abril.

As chuvas que vêm caindo no Centro-Sul nos últimos quatro meses superaram a média história e colaboraram para repor o déficit hídrico visto no fim das operações de moagem desta safra.

Segundo Fabio Marin, professor de Engenharia de Biossistemas da Esalq/USP e coordenador do Sistema Tempocampo, em algumas regiões do oeste de São Paulo, apenas as chuvas já devem garantir uma recuperação de até 8% da produtividade na próxima temporada. O oeste paulista foi a região de cultivo de cana mais afetada pela estiagem que se prolongou no ano passado.

Se este índice de recuperação de produtividade se repetir em todo o Centro-Sul, a região compensará boa parte da quebra de safra desta temporada, já que o rendimento agrícola deste ciclo 2024/25 caiu 10,8% e ficou em 69,7 toneladas por hectare.

“Não é generalizado. Mas só pensando no efeito do clima, [a perspectiva de safra] seria de empate ou até de leve ganho ante a safra atual”, afirmou. O volume total de cana para a próxima safra, porém, ainda depende de outros fatores, como o clima nos próximos meses.

Neste mês, as ondas de calor previstas para os próximos dias podem reduzir o viés positivo para a próxima safra, acrescentou.

Outro fator que impactará significativamente no volume de cana da nova safra é a área dedicada ao replantio de cana que ficará sem colheita na próxima safra, e os investimentos em tratos culturais.

O efeito dos incêndios, por exemplo, será bem distinto de usina para usina, já que houve estratégias distintas sobre como lidar com as lavouras. Houve empresas que não esperaram avaliar uma rebrota e partiram logo para o replantio, e houve as que aguardaram o desenvolvimento dos canaviais.

Dos cerca de 200 mil hectares de lavouras que foram atingidas pelos incêndios de abril e setembro do ano passado e que já haviam sido colhidas, “boa parte sequer rebrotou”, disse Marin.

Segundo Plínio Nastari, presidente da Datagro, apesar de as chuvas de janeiro terem vindo abaixo da média histórica, a retenção de umidade no solo tem sido perto de 100%, o que permite uma recuperação gradual dos canaviais.

No acompanhamento da consultoria, as usinas devem atrasar o início da moagem em uma a duas semanas para esperar o crescimento do canavial em um nível adequado para a colheita. Segundo ele, a produtividade do primeiro terço da safra está se recuperando. A do segundo terço deve ficar em linha com a do ciclo atual, enquanto a colheita que ocorrer no último terço da safra deve ser até melhor que nesta (Globo Rural, 17/2/25)


Lucro líquido do CTC cresceu 20% no terceiro trimestre da safra CTC

Nos nove meses da safra 2024/2025, o lucro líquido cresceu 17,7%, para R$ 133,63 milhões

O Centro de Tecnologia Canavieira (CTC) fechou o terceiro trimestre da safra 2024/25 com lucro líquido de R$ 49,82 milhões, resultado 20,5% maior que o obtido em mesmo período do ano anterior. Nos nove meses da safra, o lucro líquido cresceu 17,7%, para R$ 133,63 milhões.

No terceiro trimestre da atual temporada, o CTC teve receita líquida de R$ 113,92 milhões, com alta de 8,5% na comparação com um ano antes. No acumulado, os ganhos atingiram o montante de R$ 309,12 milhões, crescimento de 10%, fruto do melhor mix de produtos e ticket médio maior, refletindo o plantio com novos produtos de maior valor agregado, justificou o CTC, em comunicado de resultados.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia avançou 13,6% no trimestre, para pouco mais de 58 milhões. O resultado também foi positivo no acumulado da safra, em 11,1%, e R$ 150,13 milhões.

Os investimentos em pesquisa e desenvolvimento de produtos e soluções tiveram aumento de 19,5% no balanço trimestral, com R$ 67,87 milhões. No acumulado da safra, o desempenho foi 13% maior, com R$ 168,65 milhões.

Segundo o CTC, o investimento nessa área foi maior diante do avanço foi maior devido aos projetos de Melhoramento Genético e Biotecnologia, em conjunto com a aceleração do projeto Sementes (Globo Rural, 13/2/25)

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