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Com crescimento econômico, países árabes compram mais do nosso agro

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No ano passado, exportação do setor às 22 nações da Liga Árabe cresceu 23%, para US$ 17,93 bilhões, segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira.

A demanda por produtos agropecuários é crescente nos países da Liga Árabe e eles têm vindo se abastecer mais no Brasil. Em 2024, a exportação desses itens às 22 nações cresceu 23%, para US$ 17,93 bilhões, segundo a Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. “Os países árabes têm crescimento populacional e econômico acima da média mundial e o Brasil é um importante provedor para a segurança alimentar de lá”, observa Mohamad Mourad, secretário-geral da Câmara. Neste ano, o desempenho caminha para novo recorde, prevê. As vendas do Brasil devem crescer pelo menos 3%, acima da perspectiva para o PIB nacional. Argélia, Iraque e Egito são mercados-chave para a expansão, enquanto o consumo no Golfo Pérsico tende a continuar firme.

Aberturas de mercado ampliam comércio

A abertura recente do mercado argelino para o frango brasileiro contribui para o resultado positivo dos embarques à Liga Árabe, avalia Mourad. A tendência é de apetite dos países árabes também por produtos de maior valor agregado do Brasil, como os cafés especiais.

Parceria se estende a investimentos

Os árabes querem também vender mais ao Brasil. Hoje, a pauta é concentrada em derivados de petróleo e adubos. “Há oportunidades para azeite, tâmaras, amêndoas, frutas, da Tunísia, Marrocos e Egito”, pontua Mourad. Outra frente é o interesse das empresas árabes em investir aqui, em ativos de logística e energias renováveis.

Planta…

A Frimesa, líder na produção de suínos no Paraná, estruturou um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) de R$ 200 milhões com o Itaú BBA. Os recursos serão usados para crescer no Sudeste, principalmente no interior de São Paulo, onde expandirá pontos de venda. Esse movimento deve permitir à cooperativa faturar mais de R$ 7 bilhões em 2025 — os números de 2024 serão divulgados em 18 de fevereiro, mas já se espera crescimento ante a receita de R$ 6,1 bilhões de 2023.

…para colher

Em São Paulo, a Frimesa tem investido no pequeno varejo, o que inclui oferta de crédito para mercearias, padarias e mercados de bairro. Outra frente de expansão inclui o lançamento de uma linha premium de cortes suínos no Estado e uma campanha de marketing no Aeroporto de Guarulhos. “Será uma ação voltada para a experiência do consumidor, reforçando a marca e ampliando nossa presença no mercado paulista”, explicou Carlos Alberto Pereira, superintendente administrativo financeiro da Frimesa.

Lá fora

A Traive, agfintech que conecta fundos de investimento a grupos do agronegócio, deu mais um passo para se expandir internacionalmente. A empresa passou a operar na Colômbia. Por lá, a Traive firmou parceria com a SFA Cebar, de serviços financeiros e seguros para o setor agrícola. A startup colombiana vai utilizar a plataforma de análise de risco de crédito da Traive, conta Fabrício Pezente, CEO da Traive.

Na onda da IA

O Grupo Bom Jesus, de Rondonópolis (MT), que atua na produção e comercialização de sementes, grãos, fibras e insumos, estreou em janeiro ferramenta de inteligência artificial, a SamIA, assistente jurídico para agilizar processos como leitura de minutas. “O próximo objetivo é atender o core da companhia, que é produção”, diz Laerte Marroni, diretor de TI. Para tanto, o processo precisa ser aprimorado, o que ainda deve levar um ano ou mais. “A gente quer ser o mais assertivo possível na análise de dados históricos, sobre chuvas e safras”.

Menos mal

Integrantes da comitiva do agronegócio brasileiro voltaram da Europa menos tensos quanto à lei antidesmatamento do bloco, embora ainda preocupados. A avaliação é de que a lei, que proíbe a entrada na UE de produtos de áreas desmatadas, entrará mesmo em vigor no fim do ano, mas o Brasil não deverá ser alvo de uma classificação de alto risco. A tendência é que o País seja avaliado como “standard”, com risco médio de desmatamento — uma cobrança menos “dura” do que se previa.

Juros elevados pressionam orçamento do Plano Safra

O aumento da taxa básica de juros, a Selic, preocupa o setor produtivo quanto ao Plano Safra. Juros elevados pressionam o orçamento do governo para a subvenção das taxas do crédito oficial. O custo maior deve ser determinante nos cálculos dos recursos. Outra preocupação é o encarecimento de máquinas agrícolas, que são financiadas a longo prazo.

Nota eletrônica obrigatória para produtores rurais

A partir de hoje, passa a ser obrigatória a emissão de nota fiscal eletrônica para produtores rurais com faturamento acima de R$ 360 mil por ano. O documento será emitido pelos Estados para a venda de produtos agropecuários. A exigência vale para operações internas, dentro do próprio Estado (Estadão, 3/2/25)

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