Por Giovanni Lorenzon
Legenda: Hidratado se mantém sem competitividade nos postos frente à gasolina (Imagem: Pixabay)
As usinas não reduziram o etanol hidratado na faixa dos 4%, no acumulado da semana, como parecia se encaminhar, mesmo assim as distribuidoras baseadas em Paulínia (SP) liquidaram o produto de forma agressiva. E, como mostrado por Money Times, se confirmou que os postos paulistas não corresponderam.
Sem levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP), às voltas ainda com problemas no sistema após ataque de hackers, outras referências de preços mostraram que no maior estado produtor, em plena safra, o etanol segue acima da paridade de competitividade com a gasolina.
Há uma clara aposta de que o principal motor brasileiro de consumo, pelo tamanho da frota, possa segurar repasses negativos maiores de modo que as redes de serviços consigam ampliar suas margens comprando o biocombustível mais barato, a despeito da elevada concorrência.
A pesquisa da ValeCard apontou o hidratado com preço médio no Estado de R$ 5,55, equivalente a 71% do valor do litro da gasolina
O ideal é de 70% para baixo, como na média registrada no Brasil, de 67% até 12 de agosto.
Enquanto no acumulado do mês a gasolina recuou 9,16% nas bombas, seguindo a redução do ICMS menor nos estados e duas reduções dadas pela Petrobras (PETR4) nas refinarias.
O etanol ficou em muito menos que isso para o consumidor.
Na contramão, na semana de 8 a 12, o Cepea destacou recuos ascendentes, diários, no segmento de distribuidor. Começou a segunda em menos 2,77% e fechou a sexta em menos 5,59%, valendo R$ 2,848 o litro, livre de imposto estadual (ICMS) e frete.
Nas usinas, a perda de valor, na semana, foi de 2,05%, a R$ 2,8049, também limpos. E de 1 a 5 deste mês, o recuo havia sido de 2,69% (Money Times, 13/8/22)