Os preços do petróleo despencaram cerca de 4% nesta segunda-feira, com dados fracos de produção fabril em vários países pesando sobre as perspectivas de demanda, enquanto os investidores se preparavam para a reunião desta semana da Opep e seus aliados produtores sobre a oferta.
Os futuros de petróleo Brent caíram 3,94 dólares, ou 3,8%, para 100,03 dólares por barril, tendo chegado a uma mínima de 99,09 dólares por barril na sessão.
O petróleo bruto WTI, dos EUA, caiu 4,73 dólares, ou 4,8%, para 93,89 dólares por barril, depois de atingir a mínima de 92,42 dólares.
Uma quebra nos preços do Brent abaixo do nível de suporte de 102,68 dólares pode desencadear uma queda para uma faixa de 99,52 dólares a 101,26 dólares, disse o analista técnico da Reuters Wang Tao.
O Brent e o WTI terminaram julho com uma segunda perda mensal consecutiva pela primeira vez desde 2020, já que a inflação crescente e as taxas de juros mais altas aumentam os temores de uma recessão que prejudicaria a demanda por combustível.
Em uma pesquisa da Reuters, analistas reduziram sua previsão para os preços médios do Brent em 2022 para 105,75 dólares, sua primeira revisão para baixo desde abril. A estimativa para o WTI caiu para 101,28 dólares.
No entanto, questões sobre a oferta global pairam no mercado de petróleo.
“Ainda há uma desconexão com os dados econômicos e o que estamos vendo do lado da oferta”, disse Phil Flynn, analista do grupo Price Futures. “O mercado de petróleo ainda está muito apertado, e o mercado estará no limite ao entrar na Opep.”
A Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados, incluindo a Rússia, conhecidos como OPEP +, reúne-se na quarta-feira para decidir sobre a produção de setembro.
Duas das oito fontes da Opep+ em uma pesquisa da Reuters disseram que um aumento modesto para setembro seria discutido na reunião. O restante disse que a produção provavelmente será mantida estável (Reuters, 1/8/22)