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Máquinas que custam milhões prometem economia de até R$ 100 mil por safra

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Novos equipamentos são apresentados na Agrishow, em Ribeirão Preto.

Após dois anos sem a sua edição presencial devido à pandemia da Covid-19, a Agrishow (Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação), principal evento do agronegócio brasileiro, volta a ser realizada com a apresentação de máquinas que custam milhões e prometem economia aos produtores.

O evento acontece em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) entre esta segunda (25) e a sexta-feira (29).

A feira abriga 800 marcas de 16 setores, incluindo maquinário agrícola e de construção, aviação, agricultura de precisão, armazenagem, fertilizantes, serviços financeiros e transportes.

Fabricantes chegam à Agrishow apostando no crescimento nas vendas devido às boas safras de várias culturas nos últimos anos. Em comum, os equipamentos têm conectividade para a transmissão em tempo real dos dados coletados no campo.

A chamada agricultura digital, que consiste em interpretar essa infinidade de informações, tem feito com que fazendeiros produzam mais numa mesma área, gastando menos tempo e dinheiro. Os investimentos, contudo, são altos.

Case apresentará uma colheitadeira de cana-de-açúcar com preços de até R$ 2,5 milhões. A empresa diz que o consumo de combustível foi reduzido em comparação a versões anteriores, e um novo sistema hidráulico aumenta em 10% a capacidade de colheita. Segundo a fabricante, as evoluções proporcionam uma economia de R$ 100 mil a cada safra.

Rodrigo Alandia, diretor de marketing de produto da Case IH para a América Latina, disse que a nova máquina colhe mais de mil toneladas de cana por dia, tendo chegado a 4.000 toneladas em testes.

Trator movido a biometano chega ao Brasil
Trator movido a Biometano – Foto Divulgação
Muitas empresas têm como foco a soja, que iniciou o ano com 5,6 milhões de toneladas processadas —o que representa alta de 18% no primeiro bimestre em relação ao mesmo período de 2021, segundo a Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais).

A Valtra lançará novos pulverizadores na Agrishow e promete 60% de economia de combustível em relação a outros modelos. Alexandre Vinicius de Assis, diretor de vendas da marca, disse que há recursos como os sensores de altura e de nivelamento de barras, que melhoram a distribuição das gotas.

Economia de combustível também é uma das promessas da John Deere com o trator gigante 9R, que oferece uma capacidade de colheita 45% maior em todas as culturas, de acordo com a fabricante.

A empresa apresenta ainda um novo distribuidor de nutrientes, além de plantadeiras e o trator conceitual 8R autônomo, que, por meio de câmeras e sensores, é capaz de executar suas funções sem intervenção humana.

Máquinas de agronegócio são atração da Agrishow, em Ribeiro Preto (SP)
Drone pulverizador na Agrishow, em feira de agronegócio em Ribeirão Preto (SP) Paulo Vargas/Agrishow/Divulgação

No estande da Massey Ferguson, um dos destaques é o pulverizador projetado para economizar até R$ 50 mil por safra.

Segundo a fabricante, a nova série de tratores MF 3400 permite economia de até 12% de combustível por ter um sistema que gasta menos tempo de manobra, além de um sistema hidráulico que oferece 25% de ganho ao trabalhar com implementos mais pesados.

Na New Holland, haverá uma nova linha de colheitadeiras equipadas com duplo rotor e sistema Intellisense, que faz automaticamente as regulagens da máquina. Esse tipo de equipamento pode custar até R$ 3 milhões.

Haverá ainda o trator movido a biometano. “Esse trator dá ao produtor rural a possibilidade de utilizar o biogás gerado dentro da propriedade a partir dos dejetos dos animais, por exemplo, para abastecer o equipamento”, disse Eduardo Kerbauy, diretor de mercado Brasil da New Holland Agriculture .

A tecnologia de propulsão por biometano, segundo a New Holland, tem vantagens como a redução de até 80% das emissões em comparação com um motor a diesel. “Ao usar o biometano, o impacto de carbono da máquina é virtualmente zero, e uma redução de custos entre 25% e 40% pode ser alcançada quando comparada com os combustíveis convencionais”, afirmou Kerbauy (Folha de S.Paulo, 24/4/22)

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