Os recursos disponibilizados pelo BNDES vão envolver todos os programas agropecuários do governo federal, permitindo investimentos em custeio, inovação, maquinário e comercialização.
Produtores rurais do Brasil poderão contar com um reforço de aproximadamente R$ 7,6 bilhões em crédito nos próximos dias, afirmou nesta terça-feira (6) o Ministério da Agricultura, em comunicado detalhando anúncio realizado na abertura da Bahia Farm Show.
Segundo o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, uma parte se refere ao complemento de R$ 3,6 bilhões para o Plano Safra 2022/2023, que termina ao final deste mês.
Conforme a nota, esses recursos disponibilizados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) englobarão todos os programas agropecuários do governo federal, permitindo investimentos em custeio, inovação, maquinário e comercialização.
O ministério também citou que uma parte do montante anunciado no evento, ao lado do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, será destinada à chamada linha de financiamento em dólar do BNDES, que terá R$ 4 bilhões para financiamento de construção e ampliação de armazéns, irrigação, formação e recuperação de pastagens, geração e distribuição de energias de fontes renováveis e regularização ambiental da propriedade.
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Essa linha de financiamento conta com taxa de juros fixas de até 8,06% ao ano mais a variação do dólar e prazo de 120 meses, com até 24 de carência.
“A novidade é que a linha passa a ser destinada para programas, para tudo aquilo que o produtor tiver necessidade, quer seja a compra de calcário, a conversão de pastagens, todos aqueles investimentos em máquinas, armazéns, inclusive a construção civil dessas obras podem ser financiadas –por essa linha de crédito dolarizada”, disse Fávaro, em nota.
Originalmente, o BNDES anunciou em abril uma linha de R$ 2 bilhões para produtores com recebíveis em dólares, recursos estes que se esgotaram rapidamente.
Ao todo, neste primeiro semestre, o BNDES disponibiliza cerca de R$ 11 bilhões para o setor agropecuário, segundo o ministério (Reuters, 6/6/23)