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Brasil não vai fará acordo com a UE se condições do país não forem aceitas

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Petista diz que não aceita proposta do bloco europeu para abertura do setor de compras governamentais a estrangeiros.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse nesta sexta-feira (2) que um acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia não será firmado caso os europeus não aceitem as condições do Brasil, ao mesmo tempo que disse que a proposta atual de acordo precisa de um ajuste.

Lula afirmou que o governo brasileiro não aceita a proposta da UE para que o Brasil abra a possibilidade de participação externa no setor de compras governamentais.

O presidente disse ainda que cabe ao Estado garantir a sobrevivência da indústria nacional, promovendo a competitividade no setor. “A gente tem que apostar numa empresa brasileira”, disse durante inauguração de nova fábrica da Eletra, líder nacional em transporte público sustentável.

Lula chamou atenção para o fato de que a indústria nacional já representou 30% do PIB (Produto Interno Bruto) do Brasil, enquanto hoje chega a 11% no máximo. Segundo o presidente, esse cenário é fruto de constantes propagandas do produto estrangeiro em detrimento do nacional.

“Adoro que o Brasil participe do comércio mundial, mas em se tratando de negócios, prefiro fazer negócio com brasileiros, para fortalecer a indústria nacional”, declarou o presidente.

Segundo Lula, para falar em desenvolvimento industrial, é preciso antes propor políticas públicas de incentivo ao pequeno e médio negócio.

Aproveitando sua participação na inauguração de novo prédio da Eletra, Lula disse que o país precisa renovar sua frota de ônibus escolar, e afirmou que sua equipe vai conversar com executivos da Eletra para fazer andar um projeto com essa finalidade. “Nossa frota de ônibus escolar está muito velha”, argumentou.

PIB NO TOP 5

Também presente no evento, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, comemorou o resultado do PIB brasileiro do primeiro trimestre, que avançou 1,9%.

 Segundo Alckmin, essa foi uma conquista importante já que a atividade econômica no primeiro trimestre costuma ser mais fraca.

O vice-presidente ainda chamou atenção para o fato de a economia brasileira do primeiro trimestre ter ficado entre as cinco melhores do mundo. “O aumento do PIB brasileiro está no top 5 “, afirmou (Folha de S.Paulo, 3/6/23)

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