Por Pasquale Augusto
A Raízen (RAIZ4) reforçou suas intenções de investir no mercado de combustíveis de aviação sustentável (SAF), importante demanda para redução das emissões globais de carbono, com destaque para o etanol.
“Para 2030, esperamos que o total de SAF seja na ordem de 20 milhões de litros de etanol, o que representa 4,5% de todo SAF que esperamos ver no mundo daqui 7. Com isso, esperamos que o etanol responda por 25% de todo SAF, ou seja, até 2030 temos uma demanda adicional de 9 bilhões de litros de etanol”, disse Paulo Neves, vice-presidente de trading da empresa, durante o Raízen Day.
Neves ressalta que dessa demanda de 9 bilhões de litros de etanol, 60% (5 bilhões de litros) já contam com anúncios de construções de plantas de etanol pela Raízen, a partir da tecnologia alcohol-to-jet (ATJ), que permite a produção dos combustíveis sustentáveis.
“A primeira planta será inaugurada neste ano nos Estados Unidos, com o etanol da Raízen sendo o único biocombustível certificado pela redução das emissões de carbono e capaz de atender as exigências norte-americanas”, explica.
Novas plantas de etanol de segunda geração
Além dos anúncios em combustíveis de aviação, a Raízen confirmou a operação de 20 plantas de etanol de segunda geração (E2G) até 2030/2031, com capacidade para produção de 82 milhões de litros por planta.
O etanol de segunda geração (E2G), também chamado de bioetanol, etanol verde ou etanol celulósico, é um biocombustível feito a partir dos resíduos restantes do processo de fabricação do etanol comum (primeira geração) e do açúcar (Money Times, 25/5/23)