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Queimadas na Amazônia aumentam 65% de janeiro a abril, para 1,3 mi de há

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A área queimada na Amazônia cresceu 65% entre janeiro e abril deste ano em comparação com igual período do ano passado, com 1,3 milhão de hectares destruídos pelo fogo, ou 91% de tudo o que queimou no Brasil no período. Os dados foram divulgados hoje pelo Monitor do Fogo, iniciativa do MapBiomas em parceria com o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

Segundo pesquisadores, em nota divulgada pelo Ipam, uma “fase mais amena” do fenômeno climático La Niña seria, ao menos em parte, a explicação para o avanço do fogo no bioma.

“Um dos fatores que podem ter contribuído para o aumento está relacionado à transição do La Niña, que durou três anos, para uma condição de neutralidade”, diz, na nota do Ipam, o pesquisador da instituição Felipe Martenexen, que prossegue: “La Niña traz mais umidade para a Amazônia, o que dificulta a propagação do fogo.

No entanto, é importante ressaltar que a relação entre esse fenômeno e a ocorrência de queimadas também pode ser influenciada por atividades humanas, práticas agrícolas, e políticas de prevenção e controle de incêndios, por exemplo.”

O Estado que teve a maior área incendiada foi Roraima, com 72% de tudo o que queimou no País de janeiro a abril, segundo o levantamento. Foi atingido, no total, 1 milhão de hectares, ou 95% acima de igual período de 2022. Mato Grosso e Pará vêm na sequência, com 113 mil e 81 mil hectares, respectivamente. “Os três Estados somaram 85% da área queimada no Brasil nos quatro meses”, diz o Ipam, na nota.

O segundo bioma mais queimado, o Cerrado, teve 86 mil hectares atingidos pelo fogo de janeiro a abril, ou 7% da área total. Trata-se, segundo o Ipam, de aumento de 10% ante 2022, sendo que metade dos focos de fogo ocorreu em abril. “O bioma Cerrado apresenta os maiores índices de chuva nos primeiros quatro meses do ano, o que resulta em menor área queimada. As queimas prescritas são realizadas durante esse período como parte da estratégia de prevenção de incêndios florestais do MIF, o Manejo Integrado do Fogo”, acrescenta, na nota, a pesquisadora do Ipam Vera Laísa Arruda (Broadcast, 16/5/23)

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