Os futuros de açúcar em Nova York operam no patamar mais alto desde o final de dezembro, em meio a preocupações de que a oferta menor da Índia e partes da Europa deixará o mercado apertado.
A Associated British Foods esta semana disse que a produção de açúcar do Reino Unido cairá 28% no atual ano-safra, depois que o mau tempo prejudicou a produção de beterraba.
Analistas esperam que a produção na Índia pode cair abaixo do nível do ano passado, de cerca de 36 milhões de toneladas, e isso pode reduzir as chances de que o governo do país permita cotas de exportações adicionais.
Até agora, as usinas de cana-de-açúcar indianas exportaram 6 milhões de toneladas de açúcar já permitidas, e é improvável que o governo autorize mais até que saiba o tamanho da safra de cana, disse Stephen Geldart, chefe de análise da corretora Czarnikow.
“Isso representa menos disponibilidade de açúcar no curto prazo”, disse ele.
O Açúcar bruto subiu até 3,3% em Nova York, para 20,78 centavos de dólar por libra-peso, cotação mais alta desde 27 de dezembro. O açúcar refinado subiu até 2,4% em Londres.
A oferta global deve melhorar quando o Brasil iniciar a moagem de cana, por volta de abril. Mesmo assim, o aumento do consumo deixou o mercado apertado, disse Geldart.
“Basta uma quebra de safra para que haja um déficit de açúcar e uma redução dos estoques”, disse ele. “Dependendo de onde isso acontece, isso pode ser significativo para o preço.” (Bloomberg, 26/1/23)