Representantes de 14 indústrias produtoras de etanol de milho se reuniram ontem com integrantes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em Sinop (MT), para discutir sobre eficiência e agilidade nos processos de regulação. A iniciativa foi promovida pela União Nacional do Etanol de Milho (Unem).
O evento teve início na quarta-feira (16) com uma visita às instalações da Inpasa, produtora multinacional paraguaia de etanol de milho. Em nota, o diretor da ANP, Cláudio Souza, afirmou que a visita foi uma oportunidade para conhecer de perto o setor. “É importante essa aproximação entre agentes regulador e regulado para que possamos conhecer e escutar as demandas de quem está na ponta e assim ter uma atuação mais realista com o mercado”, disse.
O presidente-executivo da Unem, Guilherme Nolasco, afirmou que a troca de experiências e informações tende a trazer mais agilidade aos processos de regulação. “O distanciamento da agência reguladora muitas vezes provoca atrasos e traz prejuízos financeiros para quem está na ponta e precisa dar início à produção”, argumentou Nolasco.
A expectativa da Unem é que a produção de etanol de milho passe dos atuais 4,5 bilhões de litros na safra 2022/2023 para 10 bilhões de litros em 2030/2031, alcançando 22% do mercado de etanol brasileiro. O País tem capacidade instalada para produção de 5 bilhões de litros por ano, no momento.
Atualmente, o Brasil tem 18 indústrias do biocombustível em operação, das quais oito unidades exclusivas para produção de etanol de milho e dez flex, que podem processar o biocombustível a partir de cana e de milho. Outras nove indústrias do etanol de milho já têm autorização para construção, segundo a Unem (Broadcast, 18/6/22)