A empresa, uma das maiores afretadoras de navios do mundo, vem testando o desempenho operacional dos biocombustíveis em suas embarcações desde o início do ano
A Cargill busca aumentar seu uso de biocombustíveis em um teste de abastecimento de combustível e planeja encomendar navios movidos a metanol como parte de seus planos para reduzir as emissões, disse um executivo sênior da trading global de commodities hoje (5).
Uma das maiores afretadoras de navios do mundo, a Cargill vem testando o desempenho operacional dos biocombustíveis em suas embarcações desde o início do ano, enquanto intensifica os esforços para se tornar verde.
O teste visa aumentar o uso de biocombustíveis pelos navios para 50 mil toneladas até meados ou final de 2023, acima das 12 mil toneladas desde janeiro, disse o líder de combustíveis marítimos da empresa, Olivier Josse, em uma conferência em Cingapura.
“Vamos trazer um pouco de éster metílico de ácidos graxos (FAME, na sigla em inglês) e fazer algumas misturas no quarto trimestre em Cingapura”, disse ele, referindo-se ao bioconteúdo misturado com diesel fóssil para fazer biodiesel.
O movimento de misturar o FAME em Cingapura visa tentar entender a demanda e o apetite dos clientes por biocombustíveis como combustível de abastecimento, acrescentou Josse no evento, a SIBCON (Conferência e Exposição Internacional de Abastecimento de Cingapura) 2022.
A Cargill também está testando o uso de metanol como combustível de transporte, disse ele.
“Estamos em processo de licitação para navios de metanol bicombustível que serão entregues em alguns anos”.
O transporte marítimo global é responsável por quase 3% das emissões mundiais de CO2, uma vez que cerca de 90% do comércio global é transportado por via marítima.
Até 2050, a IMO (sigla em inglês para a Organização Marítima Internacional) pretende reduzir pela metade as emissões de gases de efeito estufa do setor em relação aos níveis de 2008.
No ano passado, a Cargill disse que cortou quase 1,5 milhão de toneladas de emissões brutas de carbono de sua frota desde 2017 (Reuters, 5/10/22)