A Raízen (RAIZ4) reportou lucro líquido consolidado de R$ 1,09 bilhão no primeiro trimestre de seu ano-safra 2022-2023. O período corresponde aos meses de abril a junho deste ano. O resultado é mais que o dobro dos R$ 501,4 milhões obtidos no mesmo intervalo do ano passado.
A receita líquida de R$ 66,258 bilhões representou um crescimento de 77,8% na mesma comparação, enquanto o lucro bruto caiu 21,5%, para R$ 2,556 bilhões. O lucro operacional antes do resultado financeiro líquido encolheu 15% e somou R$ 1,589 bilhão.
O ebitda ajustado, importante referência dos analistas para estimar a geração de caixa, saltou 55% no período, passando de R$ 2,356 bilhões para R$ 3,651 bilhões.
Raízen termina mais endividada
Apesar dos números, a Raízen encerrou junho mais endividada. Sua dívida líquida disparou 42,8%, para R$ 23,183 bilhões. Com isso, a alavancagem, medida pela dívida líquida dividida pelo ebitda ajustado, ficou em 1,9 vez, com leve alta ante o 1,8 vez da comparação.
No segmento de combustíveis renováveis, a Raízen vendeu 1,4 milhão de metros cúbicos de etanol – um incremento de 53,7%. Desse total, 717,7 mil metros cúbicos eram de produção própria, e 683,1 mil m3, de terceiros.
A companhia conseguiu um aumento de 14% no preço médio de venda do etanol, que encerrou junho em R$ 3.399,8 por metro cúbico (Money Times, 11/8/22)