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Etanol: Análise Conjuntural Agromensal Cepea/Esalq/USP de Julho/2022

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Os preços dos etanóis hidratado e anidro recuaram no mercado paulista em julho, em função dos movimentos pontuais de agentes do mercado e ainda de algumas incertezas quanto à questão tributária que foram definidas ao longo do período.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que trata de combustíveis foi publicada somente no dia 15 de julho e estabelece alíquota do ICMS (que era de 13,3%) de 9,57% para vendas internas de etanol produzido no estado de São Paulo. Assim, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado das semanas cheias de julho foi de R$ 2,9271/litro, recuo de 3,77% na comparação com a do mês anterior.

No mesmo comparativo, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do anidro (considerando-se somente o mercado spot) foi de R$ 3,4704/litro, 2,6% inferior à de junho. Na parcial da atual safra 2022/23 (de abril/22 a julho/22), a média do Indicador CEPEA/ESALQ do etanol hidratado em São Paulo está 2,76% acima do mesmo período da temporada anterior.

No caso do etanol anidro, a variação é ainda maior, de 5,35% em igual comparativo (valores deflacionados pelo IGP-M de julho-22). Quanto ao andamento da safra, de acordo com informações divulgadas pela Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia), no acumulado da temporada atual (até a primeira quinzena de julho), a moagem totalizou 233,96 milhões de toneladas, contra 258,54 milhões de toneladas no mesmo período de 2021 (-9,51%).

Levantamento do Cepea nas unidades produtoras revela que usinas chegaram a aumentar o mix de produção do açúcar em comparação à temporada anterior, devido à melhor remuneração do adoçante frente aos etanóis.

NORDESTE

As cotações do etanol no segmento produtor cederam em julho nos estados do Nordeste acompanhados pelo Cepea, mesmo com a oferta dos produtos escassa na região. O Indicador mensal do hidratado CEPEA/ESALQ da Paraíba caiu 3,87% frente a junho, fechando em R$ 3,5175/litro (Sem ICMS e piscofins zerado) em julho.

Para o Indicador mensal do anidro, a média foi de R$ 4,0125/litro (PIS/Cofins zerado), baixa de 3,23% contra o mês passado. Em Alagoas, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do hidratado em julho fechou em R$ 3,5399/litro (Sem ICMS e PIS/Cofins zerado), baixa de 1,34% frente ao de junho.

Para o anidro, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ não foi calculado, devido ao número restrito de informações. Ressalta-se que chuvas atingiram o estado alagoano no começo do mês e provocaram danos estruturais em algumas usinas.

Para o Pernambuco, não foi possível calcular os Indicadores mensais CEPEA/ESALQ do hidratado e do anidro de julho, devido ao número insuficiente de informações levantado pelo Cepea, tendo em vista a escassez de produto. Em relação ao início da safra 22/23, as primeiras usinas na Paraíba iniciaram os trabalhos de moagem em julho.

As chuvas na região dificultaram e atrasaram a moagem para algumas unidades produtoras, que tiveram que prorrogar em algumas semanas a previsão inicial de início de safra. Segundo a maior parte dos produtores, principalmente de Alagoas e Pernambuco, a previsão é de voltarem a produzir e vender etanol entre agosto e setembro.

Após publicação da PEC, os estados Nordestinos também ajustaram para baixo a cobrança do ICMS dos combustíveis, tanto para o etanol quanto para a gasolina. No caso da Paraíba, a alíquota do ICMS sobre as operações internas do etanol hidratado (que antes era 23%) passou a ser 15,33% de acordo com a publicação no diário oficial do Decreto nº 42.725 de 21 de julho de 2022 (Assessoria de Comunicação, 9/8/22)

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