Queda na demanda por combustível nos EUA pressionou desvalorização.
O preço de referência do petróleo chegava ao final desta quarta-feira (3) com a menor cotação diária desde a antevéspera da invasão da Ucrânia pela Rússia. No mercado de ações do Brasil, as petrolíferas resistiram à queda da commodity, apesar da sessão volátil para a Petrobras.
No final da tarde, o barril do Brent caía 3,72%, a US$ 96,87 (R$ 511,49), o menor valor desde os US$ 96,84 do fechamento de 22 de fevereiro, a dois dias do início da guerra. Na mínima do dia, a commodity cedeu a US$ 96,50, perto do menor valor intradia durante o conflito na Europa, de US$ 94,50, em 15 de julho.
A desvalorização da matéria-prima ocorre após relatório do governo americano reportar queda na demanda por combustíveis, reportou o The Wall Street Journal. Ao mesmo tempo, houve aumento dos estoques no país, explicou Ilan Arbetman, analista da Ativa Investimentos
O noticiário sobre desaceleração na demanda americana esfriou os preços após uma alta no começo do dia provocada pela decisão do cartel de países produtores de petróleo e aliados, conhecido pela sigla Opep+, de elevar sua produção em apenas 100 mil barris por dia no próximo mês. “É um acréscimo muito pequeno”, disse Arbetman.
A proposta da Opep está abaixo das expectativas dos Estados Unidos, que gostariam de uma ampliação significativamente maior. A queda dos preços dos combustíveis ajudaria o governo do presidente Joe Biden a controlar a maior inflação no país em 40 anos (Folha de S.Paulo, 4/8/22)