Ministros de Energia da União Europeia concordaram nesta segunda-feira (27) sobre leis para economizar energia e promover fontes renováveis, como parte de um pacote proposto por Bruxelas para combater as mudanças climáticas por meio de uma redução drástica da emissão de gases do efeito estufa nesta década.
Mais detalhes sobre as propostas climáticas serão discutidas em mais negociações na terça-feira, com alguns diplomatas preocupados que propostas, como a proibição de carros movidos a petróleo e diesel até 2035, possam acabar por ser minimizadas.
Os ministros de Energia da UE também discutirão opções para reduzir coletivamente a demanda por gás natural, enquanto a Comissão Europeia se prepara para apresentar um plano no próximo mês para coordenar medidas para novos cortes no fornecimento da Rússia em meio à guerra na Ucrânia.
“Para a indústria, temos que apresentar uma abordagem coordenada”, disse a comissária de energia da UE, Kadri Simson, ao chegar à reunião em Luxemburgo, referindo-se às medidas para conter a demanda de gás, acrescentando que os cidadãos seriam “consumidores protegidos” de tais restrições.
Os ministros estão tentando chegar a um acordo sobre posições comuns sobre propostas de leis para atender uma meta de 2030 para reduzir as emissões em 55% em relação aos patamares de 1990.
Mas a ameaça de uma queda econômica devido ao aumento dos preços da energia deixou alguns países mais cautelosos com mudanças rápidas que eles temem que possam trazer mais perturbações.
Bruxelas propôs metas ainda mais altas no mês passado, que os ministros devem revisar ainda este ano, quando negociarem as leis finais com o Parlamento da UE.
Em um notável enfraquecimento das propostas, uma meta de 2030 para reduzir o consumo de energia primária foi tornada voluntária, em vez de juridicamente vinculante, a pedido da Espanha. Mas os países também apoiaram regras mais rígidas propostas pela Alemanha para garantir que cada membro contribua para outra meta obrigatória para reduzir o consumo final de energia da UE.
Bruxelas diz que a crise de fornecimento de energia este ano causada pela invasão da Ucrânia pela Rússia significa que os 27 países da UE devem agir ainda mais rápido para se livrar dos combustíveis fósseis (Folha de S.Paulo, 28/6/22)