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Agribusiness Summit aponta os desafios da produção agrícola brasileira em seu 1º dia

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Segurança alimentar também esteve entre os temas debatidos por especialistas renomados, abrindo o evento digital promovido pela Fenasucro & Agrocana TRENDS

“O primeiro desafio do Brasil é reduzir a dependência de insumos externos estratégicos”. Com essa avaliação, o representante da FAO no Brasil, Rafael Zavala, deu início ao debate sobre “O impacto da descarbonização para a segurança alimentar do Brasil”, no Agribusiness Summit. O evento on-line, organizado pela plataforma TRENDS 2.0 da Fenasucro & Agrocana, teve início nesta terça (07) e segue com programação até esta quarta-feira, 8 de junho.

Segundo Zavala, a escalada de tensão entre Rússia e Ucrânia acendeu um alerta sobre o setor energético, em especial no que diz respeito ao envio de gás para países da América do Sul, como Brasil e Argentina, e, por isso, é preciso pensar em fontes limpas e alternativas. Ele ainda avaliou que as estratégias de agricultura sustentável devem promover um equilíbrio entre meio ambiente e descarbonização, porque as mudanças climáticas pressionam o aumento de preços de combustíveis e fertilizantes levando, assim, a alimentos mais caros.

Já Marcos Landell, que é diretor-geral e pesquisador científico do Instituto Agronômico (IAC), lembrou que ao longo das décadas os investimentos em tecnologia têm reduzido a dependência externa, tornando o Brasil mais verde e sustentável. Entre os exemplos estão o controle de pragas e a colheita com a cana crua (sem a queima). “Há um estudo para entender melhor a ação de micro-organismos para oferecer maior proteção à cana para o controle de pragas. Tudo isso é resultado de muita pesquisa”, pontua. 

O segundo debate “A matriz energética brasileira possibilita maior segurança na produção agrícola?” trouxe discussões sobre esta questão, diante do crescimento da população mundial e de áreas, que precisam ser diversificadas e verticalizadas. Para isso, o diretor técnico da UNICA, Antônio de Pádua Rodrigues, e o executivo da Raízen, Francis Queen, ponderaram sobre a necessidade de uso racional do solo e da água e de como a biotecnologia está inserida nessa realidade.

Rodrigues ainda citou a política do Renovabio e enfatizou que a área sucroenergética deveria ter mais independência. “O setor precisa ficar livre da caneta do governo e buscar, assim, outras tecnologias para elevar a produção e ser remunerado por isso. O que o setor mais carece é a falta de previsibilidade”, refletiu. 

Queen reforçou que, nesse contexto, a Raízen está focada no melhoramento e distribuição do etanol de 2ª geração, junto com os parceiros comerciais. “Vamos apoiar a produção em outros lugares e exportar nossa tecnologia. Estamos muito otimistas com o etanol no futuro, não só pela diluição no combustível, mas também para atender grandes demandas, como aviação e navegação do mundo”, contextualizou.

Segunda rodada de debates

A programação do Agribusiness Summit segue pela plataforma TRENDS 2.0 nesta quarta-feira, 08/06, com mais dois debates dedicados para toda cadeia produtiva de bioenergia. 

Às 10h, Antônio Eduardo Tonielo (Copercana) e Luis Roberto Pogetti (Copersucar) falam sobre “Como a mudança nos hábitos de consumo afetarão o agronegócio e a sustentabilidade”.

E às 16h, Gonçalo Pereira (Unicamp), Paulo Artaxo (USP) e Almir Torcato (Canaoeste) discutem sobre “O consumo do futuro atrelado à agenda ESG. Qual o segredo para equacionar a conta?”.

Paulo Montabone, diretor da Fenasucro & Agrocana, é quem está mediando os debates. 

As inscrições ainda podem ser feitas pelo Link

FENASUCRO & AGROCANA

A FENASUCRO & AGROCANA (Feira Internacional da Bioenergia) realizará sua 28ª edição entre os dias 16 e 19 de agosto de 2022, no Centro de Eventos Zanini, em Sertãozinho (SP). O evento, realizado pelo CEISE Br e promovido e organizado pela RX Brasil, é o único da América Latina a reunir inovações e conteúdo de alto nível técnico voltados à toda cadeia de produção da indústria de bioenergia, além de profissionais das indústrias de alimentos e bebidas, papel e celulose, transporte e logística e distribuidoras e comercializadoras de energia.

Sobre a RX

A RX constrói negócios para indivíduos, comunidades e organizações. Usamos o poder dos eventos presenciais, combinando dados e produtos digitais para conectar pessoas oferecendo experiências e oportunidades de negócios por meio de mais de 400 eventos realizados em 22 países e 43 diferentes setores da economia. É apaixonada por causar impactos positivos na sociedade e está comprometida em criar um ambiente de trabalho inclusivo para todos. A RX faz parte da RELX, um provedor global de análises baseadas em informações e ferramentas de decisão para profissionais e clientes corporativos.

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