A produção de açúcar no Centro-Sul na primeira quinzena de maio deve ter totalizado 1,67 milhão de toneladas, estima pesquisa da S&P Global Commodity Insights com 11 analistas, o que seria uma queda de 30,1% frente ao mesmo período do ano passado.
A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica) deve publicar os números oficiais no início desta semana. Entre os analistas ouvidos, a expectativa de moagem varia entre 33,3 milhões de toneladas e 38,5 milhões de toneladas, com média de 35,6 milhões de toneladas. Se confirmado, o volume médio representará baixa anual de 14,1%.
“A safra Centro-Sul está acelerando, mas ainda atrasada em relação ao ano passado”, afirma a Platts Analytics em nota. “Além disso, as usinas devem desviar mais cana para a produção de etanol do que no mesmo período do ano passado porque o etanol tem sido mais lucrativo que o açúcar desde o início da temporada.” O levantamento espera que o mix de açúcar no período fique em 40,9%, ante 46,0% um ano antes.
A fabricação de etanol de cana-de-açúcar deve totalizar 1,58 bilhão de litros, queda de 14,2%. A Platts calcula que o hidratado numa usina em Ribeirão Preto (SP) convertido em equivalente açúcar bruto ficaria em 20,27 centavos de dólar por libra-peso ontem, 19, o que colocaria o combustível como mais lucrativo do que o adoçante.
Já o índice de Açúcar Total Recuperável (ATR) deve ser de 122,3 kg/t na quinzena, baixa de 7% no ano.
A S&P Global afirma que as condições climáticas no Centro-Sul foram favoráveis para a moagem durante a primeira metade deste mês, “com menos de um dia esperado para chuva e cerca de 235-245 usinas ativas em 16 de maio” (Broadcast, 23/5/22)