A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) afirma, em nota, que a atual produção brasileira de óleos e gorduras vegetais é suficiente para atender a demanda pelo B20 (20% de biodiesel adicionado ao diesel comercial). “O amplo potencial de crescimento da produção pode ser feito com o aumento do esmagamento doméstico de soja e de caroço de algodão.
Também existem oportunidades nas cadeias produtivas da palma, canola, girassol e amendoim”, afirmou o economista chefe da entidade, Daniel Furlan Amaral, no 2º Congresso da Rede Brasileira de Bioquerosene e Hidrocarbonetos Sustentáveis para Aviação (RBQAV), realizado na terça-feira (17) em Natal (RN).
Conforme a entidade, o volume de óleo soja somado ao de óleos vegetais de outras fontes, como o de caroço de algodão e o de palma, alcança 11 milhões de toneladas. Afirma ainda existir potencial para se chegar a 27 milhões de toneladas, o que incrementaria a oferta de matéria-prima para a produção de biodiesel e de alimentos.
“Se já no curto prazo forem implementadas ações para fortalecer o programa nacional do biodiesel, haverá estímulo ao processamento de oleaginosas e, portanto, mais oferta de óleos e farelos vegetais”, disse Furlan.
“Com a maior produção e consumo de biodiesel, o Brasil terá maior segurança energética pela redução da importação de diesel mineral, menor emissão de CO2, melhoria da qualidade do ar, fomento à agricultura familiar e geração de emprego e renda, bem como ampliação da produção de rações animais.”
O executivo reafirma a importância de se retomar o crescimento da mistura de biodiesel ainda em 2022(Broadcst, 19/5/22)