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CS deve produzir 35 mi de t de açúcar e 28 bi de l de etanol em 2022/23

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A Canaplan estima que o Centro-Sul do Brasil deve produzir entre 28,6 milhões de toneladas e 34 milhões de toneladas de açúcar na safra 2022/23 de cana, que começou este mês. Já a fabricação de etanol foi estimada entre 24,3 bilhões de litros e 28,0 bilhões de litros no período.

As previsões para açúcar e etanol variam de acordo com o volume de moagem e o mix de produção. Para a consultoria, se o processamento de cana ficar em 530 milhões de toneladas e o mix açucareiro, em 40%, a região tende a produzir 28,6 milhões de toneladas de açúcar e 26,5 bilhões de litros de etanol.

 Ainda com moagem de 530 milhões de toneladas, mas com 45% do mix para o açúcar, a estimativa para a produção do adoçante sobe para 32,2 milhões de toneladas e a do biocombustível recua para 24,3 bilhões de litros.

A consultoria também projetou as mesmas possibilidades de mix, mas com moagem em 560 milhões de toneladas de cana. Se esse for o volume processado e o mix ficar em 40% para o açúcar, o Centro-Sul tende a fabricar 30,2 milhões de toneladas do adoçante e 28,0 bilhões de litros de etanol. Se o mix açucareiro ficar em 45%, a estimativa para produção de açúcar é 34,0 milhões de toneladas e a de etanol, de 25,6 bilhões de litros.

O diretor da Canaplan, Luiz Carlos Corrêa Carvalho, afirmou que o biocombustível vem sendo negociado a preços mais favoráveis do que o adoçante. Se esse cenário continuar, o mix de produção pode ser mais alcooleiro.

Na safra anterior, 2021/22, a produção de açúcar totalizou 32,1 milhões de toneladas, segundo a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica). Já o volume de etanol na safra passada foi de 27,6 bilhões de litros, conforme a entidade. O mix ficou em 45,02% para o adoçante e 54,98% para o biocombustível.

A Canaplan estima o Açúcar Total Recuperável (ATR) da safra 2022/23 em 141,5 kg/t. “Em 2022/23, parece que teremos recuperação maior na produtividade agrícola e menor na qualidade da cana”, afirmou Carvalho durante o evento. Ele também projeta menor volatilidade para os preços.

O diretor da consultoria destacou que ainda existem muitos fatores de incerteza, entre eles a exportação de açúcar pela Índia e o preço da gasolina no Brasil. Quanto ao novo presidente da Petrobras, José Mauro Coelho, Carvalho afirmou:

“Pelo que conheço, ele tende a seguir a política de preços internacionais, o que é um alívio”. No entanto, o executivo lembrou que a política de preços pode mudar a depender do resultado das eleições presidenciais deste ano (Broadcast, 20/4/22)

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